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Se compreender é impossível, conhecer é necessário.
Primo Levi

“Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem” B.Brecht

"Politicians should read science fiction, not westerns and detective stories." - Arthur C. Clarke

Time is so old and love so brief
Love is pure gold and time a thief (Billie Holiday)

Ai que preguica! (Macunaima)

No creo en la eternidad de las peleas
Y en las recetas de la felicidad (John Drexler, Mercedes Sosa)

Na aula de hoje: Todo vice é um Kinder Ovo; vem com uma surpresa dentro.



domingo, 31 de outubro de 2010

Habemus presidenta!

ROJO




ROJO

Já votei: Dilma.

Estou indo votar

o voto é secreto então não posso dizer de quem é, mas posso dizer a soma dos dígitos:

A demissão de Heródoto Barbeiro

veja aqui.

Não somos todos “chicanos” -

...
Sem acesso ao olhar latino-americano sobre si mesmo, os brasileiros têm tido que se contentar com a imagem que o estrangeiro cria sobre a região. E esse retrato, em geral, não corresponde à realidade, reproduz preconceitos e acentua o caráter periférico da região, resultando, na maioria das vezes, em caricaturas.
...
Leia a entrevista de Joana Rozowykwiat na TAL televisión Latino Americana

sábado, 30 de outubro de 2010

Mais filmes





Cést tous que vous savez dire? Ça va, ça va?

Corumbiara e Água Boa - dois momentos: 1985 e 2010






foto: Siridiwe - Monica Martins

O mundo na aldeia. E a aldeia no mundo - Brasilia Confidencial

09/01/2010

Monica Martins



A necessidade de compreender o mundo dos brancos (warazu) para defender o território e a tradição xavante fez com que o grande líder Apowé, da aldeia Wederã (MT), tivesse, há aproximadamente quatro décadas, a ideia estratégica de introduzir jovens de seu povo neste ambiente desconhecido. Para executá-la, contou com o apoio de seu amigo Paulo Barbosa, fazendeiro em Mato Grosso. Barbosa, de Ribeirão Preto (SP), apresentou famílias amigas a Apowé e aos velhos da aldeia, localizada no município de Pimentel Barbosa, que escolheram quais brancos iriam acolher os jovens. Assim, na década de 70, oito adolescentes xavante cumpriram dois ritos de passagem: o da Tradição e o do mundo dos brancos – este com provas de saudade, medo e solidão. Siridiwe, Cipacé e cinco primos foram os desbravadores. Freqüentaram ciclos escolares, cufoto jurandirrsos técnicos, até a faculdade.

Hoje, Siridiwe lidera o Instituto de Tradições Indígenas (Ideti), criado como ONG, em 1999, e transformado, em 2004, em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Como ONG e como OSCIP, o instituto segue uma espécie de constituição resumida em uma frase do ancião Wabuá Xavante:

“Ninguém respeita aquilo que não conhece.

Precisamos mostrar quem somos, a força, a beleza, a riqueza da nossa cultura.

Só assim vão entender e admirar o que temos.”

O Ideti desenvolve projetos destinados a aproximar os povos. De registros multimeios, vídeos, CDs, fotos, a apresentação em espaços urbanos de suas cerimônias. A exibição do filme “Rito de Passagem” no Brasil e exterior – Japão, França, Bélgica, Alemanha e França – contou, de 2000 a 2007, com um público de 91.500 pessoas.

Em seu escritório no bairro da Liberdade, em São Paulo, Jurandir Siridiwe Xavante deu esta entrevista a Brasília Confidencial.

BC – Como as pessoas são escolhidas para o aprendizado fora da aldeia?

Siridiwe- A escolha é feita pela força da família, pelo investimento da comunidade da aldeia, ou também o lado do privilégio que seria o Cacique. O importante é que a comunidade vai dar essa saída para a cidade, para estudar. Então, a pessoa vai ter a preparação antes de entrar no mundo da cidade.

BC – Essa preparação começa…

Siridiwe – Começa com a alfabetização. Lá na aldeia tem alfabetização e curso até a quinta série. Observando os funcionários da Funai falando pelo rádio, o jovem se interessa e começa a aprender sobre aquele ruído que está sendo levado da aldeia para a cidade e da cidade para a aldeia, vai aprender todo tipo de oficio. Ele vai se aproximando para aprender como usa o instrumento e fica responsável pelo rádio de comunicação. Aprende a dirigir os carros da Funai, devagarzinho, e tratores, com o Programa da Lavoura. Então com toda essa assimilação, essa posse, o jovem pode tomar conta das ferramentas. Para mim acho que é o inicio de tudo.

BC – E depois que acaba a quinta série…

Siridiwe – Tem que estudar próximo da aldeia. Alguns vão para a metrópole para aprender, para participar dos acontecimentos do mundo que está mudando. Eu vivi isso. Na minha época, aprendi datilografia.

BC – Do Cerrado para a metrópole é radical mesmo.

Siridiwe – A cidade muda o comportamento. A gente é muito focalizado como assunto de documentário tipo filme. O jovem que está morando na cidade, ele está estudando, vendo a mudança na sala de aula, a fala dos professores, a noticia dentro da TV, ele dentro da cidade, as lojas – ele vai entendendo isso, ele vai estar dentro da metrópole. Essa incorporação ele vai entendendo.

BC – E a incorporação da tecnologia é usada como?

Siridiwe – O que é muito importante para nós, que vivemos na cidade, é que estamos assistindo a mudança e a gente vai estar com nossa consciência limpa. Com a tecnologia, vamos unir o útil ao agradável. É uma coisa que nós vamos tomar conta. Nós mesmos. Então, assim: nós fotografamos na câmera digital, registramos digitalmente o rito, a cerimônia, a fala. Então, a gente vai agora se apropriando, porque antigamente o terceiro fazia o papel do intérprete, o papel de como ele acha que deveria registrar o índio. Então, devagarzinho a gente vai ocupando o espaço dos acadêmicos, entendeu? Unir o útil ao agradável. O computador é uma ferramenta que qualquer cidadão, qualquer pessoa, qualquer ser humano pode utilizar. Usamos o computador, skype, twitter, MSN, GPS celular para denunciar, mapear a localidade, o entorno da sua localidade os problemas que acontecem; ou trazer coisa boa para a localidade. Alguma coisa tá acontecendo lá fora e tem essas ferramentas, é rapidão. A gente tá registrando dia a dia dentro da aldeia e aí essa ferramenta patrimonial é nosso diferencial.

BC – No que mais a cidade mudou o comportamento?

Siridiwe – Quando você fala de inserção, é tudo. É etiqueta, também. Estar bem uniformizado, bem vestido naquele ambiente para ser socialmente aceito. Assim como o uso da tecnologia do registro, ele vai ter que aprender todo esse manuseio para poder estar e registrar. Hoje tem muitos jovens fazendo designer gráfico, website, curso de computação. Isso é bom. E uns estão fazendo vários tipos de estudo: Assistente Social, História, Nutrição, Medicina, assim, anônimos no estudo. Então é claro que vai ter que aprender as ferramentas da tecnologia.

BC – Agora quem não é parente pode ter informações sobre a cultura indígena diretamente com vocês, sem passar pelo terceiro, não é?

Siridiwe – No Ideti a gente recebe muita mensagem e muitos “ok tudo bem, como é que é isso?” através dessa tecnologia da informática. No meio do Cerrado, no meio da floresta, o próprio primo Cipacé, no meio do cerradão lá, tem um computador. Ele tá lá na aldeia. Ele tem e-mail, acessa placa solar, conexão com satélite. Então já temos um meio de comunicação nessa floresta tropical, no Cerrado, na Mata Atlântica. O uso de páginas, site, isso é bom. O povo divulga a sua cultura. Documentário a gente pode fazer porque o material do índio pode ser multiplicado. Esse produto entra na camada do cinema, na camada da TV, esse material único que mostra ritual, acontecimento. Você exibe. Então a gente usa esse índio que sabe filmar, usa essa estratégia para divulgar nosso mundo. O celular muito jovem usa…

BC – Você fala em camadas do filme, camadas da TV, como foi a estória do CD Ritos de Passagem?

Siridiwe – É da Instituição. O Ideti é o proponente. Eu sou um dos diretores e estou na minha gestão. Qual é a minha política? No Brasil não há sempre um abismo? Como utilizo a estratégia para ficar mais próximo? Com a idéia de um projeto. Qual o pensamento do branco na cidade? Então vai ter que sacar a ideia da cidade, vou ter que fazer uma coisa de profissional. Como posso estar no mundo da prateleira? Vou ter que seguir o processo de entendimento para fazer o CD. A gente contrata grandes profissionais para fazer essa empreitada que é da instituição. Um cara que entende o uso de máquina para mostrar para os demais da cidade que é possível estar fazendo um bom trabalho. É claro que ele vai seguir a instituição. Mas precisa dessa aliança. Ele vai fazer serviço para a gente; de independente vai prestar serviço. Ele também faz parte dessa construção, o conceito é dele, mas seu trabalho fica como patrimônio da nossa comunidade. A gente trabalha no padrão de mundo do empreendedor

BC – Então aquele documentário que vocês fizeram para a BBC em julho de 2009, eles chegaram com tudo feito?

Siridiwe – Tudo feito, programado né, organizado. Quando a gente viu lá o roteiro, a gente mudou tudo. Eles tiveram que aceitar . Acho que é bom todo o povo que for visitado ter uma postura, que a divulgação da sua cultura possa ser bem boa. Com correção. Você não pode ser pano de fundo e o cara falar o que ele quiser. Se for assim, então a cultura dele também vai ser mal divulgada.

BC - Vocês ficaram acompanhando a equipe de filmagem o tempo inteiro, na cola ali dos caras?

Siridiwe – Na cola. Acho que isso é conscientização também. Com a gente não tem problema. O cara que for lá na aldeia, ele sabe que a gente tem experiência. Pela qualidade, tem a compreensão. É o mundo dos negócios. A gente tem que ter essa postura. Eles tão vindo com o mundo de negócio. A gente não pode abaixar a cabeça. Eles tão querendo alguma coisa, então você faz uma condição. E foi assim a política indigenista. Acho que, entre quatro paredes, Brasília fazia. Os 45 povos que a gente não tem contato, aquele povo isolado, eles tão vendendo pros canais, maracutaia

BC – Eles estão vendendo as reportagens para os canais internacionais?

Siridiwe – Com certeza.

BC – Aí vocês não podem ir lá …

Siridiwe – Aí é Amazônia lá, né. Mas na minha aldeia no cerrado, onde eu moro, com meu povo é melhor ter essa chance, né. Vai depender de cada caso. Estão estudando, aprendendo a inserção

BC – Assim como você foi um dos escolhidos, você escolhe também quem vai estudar o que?

Siridiwe – Não. O próprio jovem vai perceber o que gosta para estudar. No caso da gente que está dentro de uma instituição, a gente é só empreendedor. O registro do CD teve a finalidade de mostrar que existe diversidade. A maioria pensa que a gente fala a mesma língua. A gente quer quebrar paradigmas sobre o que o povo chama de índio. A nossa diretoria é composta por várias etnias e cada uma delas tem seu tempo de gestão. Estou na minha agora. A formação que o Brasil adotou tá tudo errado. Pela inserção, essa apropriação do útil e o agradável, a gente quer falar a nossa critica. A gente quer a construção do positivo. Por isso jovens das aldeias estudam História, Antropologia, Educação, Política – para a reformulação da cultura brasileira. A questão do índio surgiu por causa do movimento, por causa da nossa presença, como a gente entende. A gente entrou na questão do índio via burocrática, a gente foi convidado. Assessoramos, orientamos na política da questão indígena. Tem que ter essa conscientização: proteger, divulgar a nossa cultura. Não queremos que o terceiro que fez PHD vá falar por nós. Peraí. A gente faz também. Fica aí quietinho, vai ver sua cultura aí. Estuda a favela aí, deixa que a gente fala com o governo.

BC – O governo tem aceito?

Siridiwe – Ele tem que aceitar, porque é uma conquista da independência, autonomia. Inserção para mim é de 88 para cá com a Constituição. Antigamente o Estado, a autarquia, a Fjunai falava por nós. Hoje não; a presença da organização indígena é legitima, criada com uma finalidade. No caso do Ideti é cultura, meio ambiente, esporte, lazer e educação. O que o governo faz nos seus ministérios a gente cobra. A gente senta com o poder.

BC – Estou fantasiando aqui: você seria um ser místico, porque vive em dois mundos? Tem o Siridiwe aqui comigo conversando…

Siridiwe – Acho ótimo. É impressionante. Tô lá dançando pintado, no rio, à noite, olhando o céu estrelado, ouvindo a chuva… Isso é para quem pode sacar. A pessoa também tem que falar, é gostoso porque é seu mundo. A essência, o imã é lá. Você tem que sair porque a sua função é essa. Esse é que é o barato. Agora tô aqui na metrópole. Agora tô voltando. Volta e troca, sai e troca. Esse que é o bacana. Sou privilegiado, tenho que cumprir minha missão: o entendimento do por que estou nesse mundo, sem esquentar a cabeça, sem ficar com o cabelo branco; se enche o rio Tietê, se desmorona uma montanha, o aquecimento global, a violência. Em Copenhage, com certeza, os Povos Tradicionais não foram convidados. Então, cada um por si. Estou aqui assistindo a TV, filtrando a notícia. Quando chego lá, explico o que tem de bom, explico o que é polemico, pego os velhos, os novos, o estudante também, para entender o desafio.

BC – Aí é um momento especial na aldeia. Todo mundo é chamado na Casa dos Homens?

Siridiwe – Na Casa dos Homens. Aí tem uma conversa.

BC – Quem deu suporte no país para vocês aprenderem? Vocês foram pedir?

Siridiwe – Encontramos pessoas legais. Tem também o cara que só pensa nele, que pega carona para se promover. Tem esse risco. O índio no registro, no fotografar parece japonês, impressionante. Aí o uso da câmera não para. Mas esse organizacional nós não temos. Então vai haver esse encontro de pessoa que é entendido de como é o uso daquele vídeo, da formatação, do corte que vai ser usado. Ele pode ensinar como que vai ter corte de imagem no roteiro. Vai ensinar o macete da edição, de locução. O índio fazendo registro direto da aldeia, ele é o cara que toma cuidado com a imagem para divulgar a imagem boa ou fazer qualquer denúncia. Assim como o uso de celular ele vai ter que aprender. E quem pode aprender é o cara que estudou na cidade que está lá acompanhando a mudança da cidade, né, fazendo todos os processos para ele aprender. Então assim, é claro que para estudar ele vai ter que passar o processo: alfabetização, 1ª serie, 2ª serie… e faculdade. Todo esse tempo dentro da cidade vai acompanhar o que está acontecendo. É claro que vai usar o computador, claro que vai usar celular, câmera, editar, traduzir, ser ponte de comunicação desta estrutura; como ele está na cidade ele vai ter multiplicar a noticia ruim, boa, sob seu ponto de vista e ou traduzir sobre o seu povo, como nas vídeos-conferência com outros países, tipo França. Inserção do mundo indígena não quer dizer que ele esta deixando de ser índio. As pessoas chamam a gente de aculturado. Tem alguns que falam, né. Então assim: se olhar positivo, se olhar construtivo, a gente também, além de ser tradicional, pode estar participando dessa inclusão e de uso de tecnologia. A qualidade da imagem enviada, isso é bom para aldeia. Essa é a minha teoria útil e agradável.

SOPA


Vou acabar meus dias tomando sopa. A tensão é tanta que quebrei MAIS um dente esta noite!

Luis Nassif - twitcam último debate

Acompanhei o debate acompanhando Luis Nassif ao vivo.








link: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/twitcamyoutube-o-ultimo-debate

Dilma: a importância de uma mulher na Presidência

Leonardo Boff - (do Vermelho.org)
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Há duas formas principais de estarmos presentes no mundo: pelo trabalho e pelo cuidado. Como somos seres sem nenhum órgão especializado, à diferença dos animais, temos que trabalhar para sobreviver. Vale dizer, precisamos tirar da natureza tudo o que precisamos. Nessa diligência usamos a razão prática, a criatividade e a tecnologia. Aqui, precisamos ser objetivos e efetivos; caso contrário, sucumbimos às necessidades. Na história humana, pelo menos no Ocidente, instaurou-se a ditadura do trabalho. Este, mais do que obra, foi transformado num meio de produção, vendido na forma de salário, implicando concorrência e devastação atroz da natureza e perversa injustiça social. Representantes principais, mas não exclusivos, do modo de ser do trabalho são os homens.

A segunda forma é o cuidado. Ele tem como centralidade a vida e as relações interpessoais e sociais. Todos somos filhos e filhas do cuidado, porque se nossas mães não tivessem tido infinito cuidado quando nascemos, algumas horas depois teríamos morrido e não estaríamos aqui para escrever sobre estas coisas. O cuidado tem a ver mais com sujeitos que interagem entre si do que com objetos a serem gestionados. O cuidado é um gesto amoroso para com a realidade.

O cuidado não se opõe ao trabalho. Dá-lhe uma característica própria que é ser feito de tal forma que respeita as coisas e permite que se refaçam. Cuidar significa estar junto das coisas protegendo-as e não sobre elas, dominando-as. Elas nunca são meros meios. Representam valores e símbolos que nos evocam sentimentos de beleza, complexidade e força. Obviamente, ocorrem resistências e perplexidades. Mas elas são superadas pela paciência perseverante. A mulher, no lugar da agressividade, tende a colocar a convivência amorosa. Em vez da dominação, a companhia afetuosa. A cooperação substitui a concorrência. Portadoras privilegiadas, mas não exclusivas, do cuidado são as mulheres.

Desde a mais remota antiguidade, assistimos a um drama de consequências funestas: a ruptura entre o trabalho e o cuidado. Desde o neolítico se impôs o trabalho como busca frenética de eficácia e de riqueza. Esse modo de ser submete a mulher, mata o cuidado, liquida a ternura e tensiona as relações humanas. É o império do androcentrismo, do predomínio do homem sobre a natureza e a mulher. Chegamos, agora, a um impasse fundamental: ou impomos limites à voracidade produtivista e resgatamos o cuidado ou a Terra não aguentará mais.

Sentimos a urgência de feminilizar as relações; quer dizer, reintroduzir em todos os âmbitos o cuidado especialmente com referência às pessoas mais massacradas (dois terços da humanidade), à natureza devastada e ao mundo da política. A porta de entrada ao universo do cuidado é a razão cordial e sensível que nos permite sentir as feridas da natureza e das pessoas, deixar-se envolver e se mobilizar para a humanização das relações entre todos, sem descurar da colaboração fundamental da razão intrumental-analítica que nos permite sermos eficazes.

É aqui que vejo a importância de podermos ter providencialmente à frente do governo do Brasil uma mulher como Dilma Rousseff. Ela poderá unir as duas dimensões do trabalho que busca racionalidade e eficácia (a dimensão masculina) e do cuidado que acolhe o mais pobre e sofrido e projeta políticas de inclusão e de recuperação da dignidade (dimensão feminina). Ela possui o caráter de uma grande e eficiente gestora (seu lado de trabalho/masculino) e ao mesmo tempo a capacidade de levar avante com enternecimento e compaixão o projeto de Lula de cuidar dos pobres e dos oprimidos (seu lado de cuidado/feminino). Ela pode realizar o ideal de Gandhi: "política é um gesto amoroso para com o povo".

Neste momento dramático da história do Brasil e do mundo é importante que uma mulher exerça o poder como cuidado e serviço. Ela, Dilma, imbuída desta consciência, poderá impor limites ao trabalho devastador e poderá fazer com que o desenvolvimento ansiado se faça com a natureza e não contra ela, com sentido de justiça social, de solidariedade a partir de baixo e de uma fraternidade aberta que inclui todos os povos e a inteira a comunidade de vida.

Leonardo Boff é Teólogo, filósofo e escritor

Fonte: Adital

Resultado enquete Carta Capital

Enquete

Chegamos na reta final da campanha para presidente. O que você achou dela?

* Temas importantes não foram discutidos, o nível foi muito baixo (70%, 2.551 Votos)

* Apesar dos assuntos irrelevantes dominarem a pauta, as questões centrais também foram discutidas (27%, 973 Votos)

* Foi bastante esclarecedora e aprofundou a discussão sobre os temas mais importantes (3%, 123 Votos)

Total de Votos: 3.639

Carta Capital

Dilma: “Quem cuida dos pobres em São Paulo é o Governo Lula”


(...) Em um dos raros momentos com alguma eletricidade no debate, a petista reparou que é o governo federal “quem cuida dos pobres de São Paulo”, atendendo 1,1 milhão das 1,4 milhão de famílias carentes do estado governado pelo PSDB. A intervenção aconteceu pouco depois de Serra elencar uma série de políticas sociais de seu programa.(...)

Ayrton Centeno sobre último debate entre os candidatos.

Leia tudo em Brasilia Confidencial

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

emir sader ao vivo

http://twitcam.livestream.com/2jnbx

La putaine respectueuse - Candidato apela a “meninas bonitas” para que peçam voto a “pretendentes” 29/10/2010

O presidenciável José Serra encerrou comício em Uberlândia (MG), à noite passada, apelando às “meninas bonitas” para que consigam votos junto a seus pretendentes.

”Se é menina bonita, tem que ganhar 15 votos. É muito simples: faz a lista de pretendentes e manda e-mail dizendo que vai ter mais chance quem votar no 45″.

O tucano pediu que cada profissional que trabalha na saúde consiga 5 votos pra ele.

“Temos que ganhar voto de quem está indeciso, voto de quem não está ainda muito decidido do outro lado”, conclamou o candidato, que passou o dia em Minas Gerais.

Brasilia Confidencial



Em “A puta respeitável” (La putain respectueuse - 1946) Sarte ilustra a alienação daqueles que não encontram , na opressão, a força para se revoltar, e tornam-se vítimas que consentem a ordem estabelecida, mesmo quando descobrem que esta ordem se baseia na violência e injustiça.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Miguel Nicolelis - Tenho profundo respeito por ele, rarissima generosidade

Blog da campanha de Serra falsifica declaração de apoio de Marina

28/10/2010

A senadora e ex-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, repeliu ontem o que o comando nacional do Partido Verde chamou de “iniciativas fraudulentas” para envolvê-la em ações de apoio à candidatura de José Serra (PSDB).

“Não usem meu nome para o vale-tudo eleitoral”, afirmou a senadora, de acordo com informações de sua assessoria.

A falsa declaração de voto de Marina no candidato tucano foi feita com um endereço de e-mail que não corresponde ao dela e publicada no blog Eu Vou de Serra 45.

“Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos”, criticou a senadora.

De acordo com o portal Terra, o e-mail falso seria direcionado aos eleitores de Marina contendo um “pedido” da senadora para que haja união em torno da candidatura tucana.

brasiliaconfidencial

Walk On By

The Stranglers



Dionne Warwick

Marvin Gaye - What's Going On

Bioquímica - Cruising







atenti: piano, metais e o back vocal, olha o vestidinho delas !!!!!!

Temporada de bumerangues



ilustração basicregisters


27/10/2010


AYRTON CENTENO

É de impressionar a frequência com que os movimentos da campanha de José Serra – grande parte deles secundados devotadamente pela antiga mídia que lhe segue os passos – fazem uma pirueta no ar e se voltam, com igual ou maior impacto, contra a própria candidatura. É uma temporada de bumerangues.

Foi assim com o neocarolismo assumido do candidato que passou furiosamente a beijar imagens, enrolar-se em rosários e puxar hinos com um oportunismo nunca visto em um processo eleitoral no Brasil. Ninguém estranharia se o tucano se juntasse a uma passeata de penitentes açoitando as próprias costas. Este caminho alucinado, porém, levou-o à frente de um padre no interior de Pernambuco que, esbravejando e sem se intimidar com o cardinalato tucano, acusou-o de profanador da religião. Por pouco, não se repetiu na missa a cena bíblica de Jesus Cristo expulsando a chibatadas os vendilhões do templo de Jerusalém.


leia tudo em brasiliaconfidencial

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Canción por la unidad latinoamericana



El nacimiento de un mundo se aplazó por un momento
un breve lapso del tiempo, del universo un segundo.
Sin embargo parecía que todo se iba a acabar
con la distancia mortal que separó nuestra vidas.

Realizaron la labor de desunir nuestras manos
y a pesar de ser hermanos nos miramos con temor.
Cuando pasaron los años se acumularon rencores,
se olvidaron los amores, parecíamos extraños.

Qué distancia tan sufrida, que mundo tan separado
jamás hubiera encontrado sin aportar nuevas vidas.
Esclavo por una parte, servil criado por la otra,
es lo primero que nota el último en desatarse.

Explotando esta misión de verlo todo tan claro
un día se vio liberal por esta revolución.
Esto no fue un buen ejemplo para otros por liberar,
la nueva labor fue aislar bloqueando toda experiencia.

Lo que brilla con luz propia nadie lo puede apagar,
su brillo puede alcanzar la oscuridad de otras costas.
Qué pagará este pesar del tiempo que se perdió.
de las vidas que costó, de las que puede costar.

Lo pagará la unidad de los pueblos en cuestión,
y al que niegue esta razón la historia condenará.
La historia lleva su carro y a muchos nos montará,
por encima pasará de aquel que quiera negarlo.

Bolívar lanzó una estrella que junto a Martí brilló,
Fidel la dignificó para andar por estas tierras.
Bolívar lanzó una estrella que junto a Martí brilló,
Fidel la dignificó para andar por estas tierras.

O maiô de Dona Marisa, ou: quem são os verdadeiros jecas do Brasil? por Rodrigo Nunes

terça-feira, 26 de outubro 2010

Tendo recebido uma bolsa de estudos no exterior, passei quase todo o governo Lula distante do Brasil. Antes de meu retorno, no ano passado, minha única vinda ao Brasil desde 2003 fora por um mês, em janeiro de 2005. Num dos poucos momentos que tive na frente da televisão, acabei assistindo um programa (bastante conhecido) onde se discutiam os destaques do ano anterior. Muita coisa aconteceu em 2004, no Brasil e no exterior, mas uma das apresentadoras do programa optou por destacar “o maiôzinho da Dona Marisa”. Com tantos estilistas brasileiros de renome internacional, se perguntava, como pode a esposa do presidente usar uma coisinha tão jeca? Não foi nem a irrelevância da escolha, nem o comentário, mas o tom que mais me chamou a atenção: o desdém que não fazia o menor esforço em disfarçar-se, a condescendência de quem se sabe tão mais e melhor que o outro, que o afirma abertamente.

leia tudo em o biscoito fino e a massa

terça-feira, 26 de outubro de 2010

this way



sabe aqueles rabiscos que a gente faz enquanto pensa? pois então, resolvi dar vida aos rabiscos.
Sou apaixonada por Johannes Itten e sua teoria das cores

Tantra Tango (trecho)



animação de um pequeno trecho de Tantra Tango, com melodia e voz de Cardo Peixoto sobre letra de Monica Martins.
Ambos fazem parte do Clube Caiubi de Compositores, embora Monica apareça na mesma frequencia que o planeta Halley chega próximo da Terra.
Clube caiubi de Compositores:
http://clubecaiubi.ning.com/

Luis nassif - Twitcam: o debate de Record 25/10/10




http://www.advivo.com.br/luisnassif/

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

V Festival Nacional de Choro

AGENDA

19/10/2010

V Festival Nacional de Choro

Em comemoração aos 10 anos da Escola Portátil de Música o Instituto Casa do Choro e a Fundação Nacional de Artes Funarte, apresentam o V Festival Nacional de Choro, que será realizado por grandes nomes da música instrumental brasileira, nos meses de outubro e novembro de 2010, nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Brasília, São Luís e Porto Alegre. Essa edição homenageia o grande compositor e violonista pernambucano Jaime Florence (1909-1982) – o Meira, professor de Baden Powell e outros violonista de destaque na música nacional.

Datas:

Belo Horizonte/Porto Alegre: de 25 a 28 de outubro

Brasília: de 25 a 28 de novembro

São Luís: de 01 a 04 de novembro

Belém: de 11 a 14 de novembro

Mais informações sobre os locais dos eventos:

fonte: brasiliaconfidencial

Exposição Picha – Histórias em Quadrinhos Africanas

Exposição Picha – Histórias em Quadrinhos Africanas

19/10/2010

Até 08 de novembro

Está aberta ao público até o dia 8 de novembro a Exposição Picha, no Museu Afro Brasil, em São Paulo. A mostra expõe desenhos no formato de HQs de 19 artistas gráficos africanos, representando 15 países do continente, com temáticas que refletem, sobretudo, cenas do cotidiano e a realidade sócio-política africana. A produção de HQs africanos é estimulada dentro e fora do Continente. No site Africa Comics (http://www.africacomics.net/eng_index.shtml), que tem apoio da UNESCO e outras instituições, pode-se conhecer a produção e atualidades sobre os HQs africanos.

Data: de 15 de outubro a 08 de novembro.

Horário: de terça a domingo das 10h às 17h

Telefone: (11) 5579-0593

Site: http://www.museuafrobrasil.org.br/

Ingresso: Grátis

fonte: brasiliaconfidencial

domingo, 24 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Compaixão

varinha de condão


Não sei a quem interessa , mas se interessa a mim é o suficiente.
Bolinha prá lá, rolo de durex pra cá, isso me faz lembrar quando trabalhava numa revista sul americana nos anos 90 e fiz um presente para o editor: uma varinha de condão toda em cobre: o cabo e a estrêla.
As instruções eram assim: arraste seus pés nesse carpete de nylon até ficar bem carregado eletricamente. Quando chegar um chato na sua mesa, encoste a varinha em seu ombro esquerdo e diga : "Vire merda, plim!" . A estática carregada vai ser descarregada no ombro do pentelho, com uma faísca. Ou ele vira merda ou você é despedido.
Tem coisas que não tem preço!

ANPI




http://www.anpi.it/archivio/cronologia-del-nazifascismo/

O mais recente caso de Sherlock Holmes


Error 503 Service unavailable (Serviço indisponível)

Introdução

O servidor Web (que faz o website funcionar) não consegue no momento lidar com o pedido de HTTP devido a uma sobrecarga temporária ou manutenção do servidor. A implicação é que esta é uma condição temporária que será resolvida depois de algum atraso. Alguns servidores nesta condição também podem simplesmente recusar conexão de soquete, e neste caso um erro diferente pode ser gerado por que a criação do soquete devido ao tempo esgotado de criação de soquete.

Erros 503 no Ciclo HTTP

Qualquer cliente (ex: seu navegador de rede ou nosso robô CheckUpDown) passa através do seguinte ciclo quando ele se comunica com o servidor de rede:

  • Obter um endereço IP a partir do nome IP do site (a URL do site sem o 'http://' direcionador). Esta pesquisa (conversão do nome IP para endereço IP) é prestada pelos servidores do nome do domínio (DNSs).
  • Abrir uma conexão de soquete IP para aquele endereço IP.
  • Escrever um fluxo de dados HTTP através daquele soquete.
  • Receber um fluxo de dados HTTP de volta do servidor da rede em resposta. Este fluxo de dados contém códigos de situação cujos valores são determinados pelo protocolo HTTP. Examine este fluxo de dados cuidadosamente quanto a códigos de situação e outras informações úteis.

Este erro ocorre na etapa final acima quando o cliente recebe um código de situação HTTP que ele reconhece como '503'.

Reparando erros 503

O servidor Web está efetivamente 'fechado para reparo'. Ainda está funcionando o mínimo, pois pode pelo menos responder com um código de status 503, mas o serviço completo é impossível, ou seja, o website está simplesmente indisponível. Existem inúmeros motivos para isto, mas geralmente é devido a alguma intervenção humana dos operadores da máquina do servidor Web. Pode esperar, que alguém deve estar trabalhando no problema, e o serviço normal vai voltar rapidamente.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vera Lúcia de Santanna Gomes - oito anos de reclusão.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve por maioria dos votos a sentença que condenou a procuradora aposentada Vera Lúcia de Santanna Gomes a oito anos e dois meses de reclusão, em regime fechado, pelo crime de tortura contra a menor de dois anos de idade que estava sob sua guarda provisória.

Na apelação, o advogado de defesa da ré pediu que fosse declarada a incompetência do juízo da 32ª Vara Criminal, pois, segundo ele, Vera Lúcia teria foro privilegiado por ser procuradora aposentada. Ele pediu também a desclassificação da sentença de reprovação para o crime de maus tratos. Já o Ministério Público (MP) requereu a elevação da pena, já que o crime de tortura foi cometido de forma contínua.

Vera Lúcia se entregou à Justiça no dia 13 de maio e está presa no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro. No dia 18 de maio, a 4ª Câmara Criminal do TJ-RJ negou pedido de liberdade à acusada.

Segundo a denúncia do MP estadual, a criança foi submetida diariamente à violência física e moral, inclusive na presença de empregados da casa. O boletim de atendimento médico, as fotos e o auto de exame de corpo de delito, anexados ao processo e analisados pelo magistrado, registram as consequências físicas da violência imposta à criança.

yahoo notícias

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PENSE NISSO:

Alguns bebês de dois anos parecem consideravelmente cautelosos quando confrontados com novas situações. Nessa faixa de idade ainda não entendem a relação entre causa e efeito, e podem achar que esses acontecimentos ocorreram por causa de algo que fizeram.

Apoio Dilma


http://www.dilma13.com.br/video/tv-programas/programa-tv-tarde-21-10/

Bolinha de papel, tonteiras e náuseas

Parece nome de crònica. Mas não é.
Síndrome do pânico, estresse, descontrole emocional também causam tonteiras e náuseas. Tratamento terapeutico, longas viagens de recreio, repouso, boas horas de sono, enfim , sair de cena , ajuda na recuperação

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Camponeses do Araguaia


Fundação Maurício Grabois e Oka Comunicações

22/10/2010 - 20:20 - Sessão: 34 (Sexta) - no UNIBANCO ARTEPLEX 6
29/10/2010 - 14:30 - Sessão: 810 (Sexta) - no CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
30/10/2010 - 16:20 - Sessão: 839 (Sábado) - UNIBANCO ARTEPLEX 5

Essa coisa foi pro espaço...

Homemade Spacecraft from Luke Geissbuhler on Vimeo.



http://www.brooklynspaceprogram.org/BSP/Home.html

Defensa de la alegría - Mario Benedetti

Defender la alegría como una trinchera
defenderla del escándalo y la rutina
de la miseria y los miserables
de las ausencias transitorias
y las definitivas

defender la alegría como un principio
defenderla del pasmo y las pesadillas
de los neutrales y de los neutrones
de las dulces infamias
y los graves diagnósticos

defender la alegría como una bandera
defenderla del rayo y la melancolía
de los ingenuos y de los canallas
de la retórica y los paros cardiacos
de las endemias y las academias

defender la alegría como un destino
defenderla del fuego y de los bomberos
de los suicidas y los homicidas
de las vacaciones y del agobio
de la obligación de estar alegres

defender la alegría como una certeza
defenderla del óxido y la roña
de la famosa pátina del tiempo
del relente y del oportunismo
de los proxenetas de la risa

defender la alegría como un derecho
defenderla de dios y del invierno
de las mayúsculas y de la muerte
de los apellidos y las lástimas
del azar
y también de la alegría.

The Real News




http://www.therealnews.com/t2/

Fala sério....



The Real News

Começa mutirão para julgar 80.000 processos em seis meses

Brasília Confidencial

19/10/2010

Um grupo de juízes iniciou ontem, em São Paulo, a primeira sessão do Mutirão Judiciário em Dia, concebido com o objetivo de diminuir o número de processos parados no Judiciário. Em seis meses, 12 juízes devem julgar 80.000 processos, segundo a meta estabelecida em parceria pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o Conselho Nacional de Justiça e a Justiça Federal.

“O mutirão visa a dar um trabalho de choque nos processos antigos que são mais urgentes”, explicou o desembargador federal Luiz Paulo Cotrim Guimarães, que presidiu a primeira turma.

Para fazer o acompanhamento dos processos julgados durante o mutirão, foi lançado ontem o “Processômetro”, que terá a função de contabilizar o número de causas resolvidas. Mais três mutirões serão realizados a partir de sexta-feira.

Lula critica promessas de Serra e condena censura a revista da CUT - Brasília Confidencial

O presidente Lula acusou ontem o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, de fazer um leilão de benefícios à população. E reclamou de que as “irresponsabilidades” representadas pelas promessas do tucano não são alvos de críticas.

“Quando eu queria dar 2% de reajuste aos aposentados, diziam que eu estava quebrando a Previdência. Agora não vejo as críticas necessárias às irresponsabilidades. Agora eu vejo alguém dizer ‘vou dar tantos porcento e sei como é que faz, porque tem dinheiro´. E ninguém fala nada”.

Lula condenou também o veto, imposto pela Justiça Eleitoral em atenção a pedido do PSDB, à circulação da revista da CUT que mostra Dilma Rousseff na capa. Ele qualificou o pedido tucano como “hipocrisia”, lembrou que a oposição o acusa de ameaçar a liberdade de imprensa e classificou como um acinte à democracia a publicação, pela revista Veja, da foto do tucano mineiro Aécio Neves na capa da mais recente edição.

“Eu vi uma revista com uma fotografia na capa que é um acinte à democracia. Todo mundo sabe da hipocrisia que reina nesse país. Nesse país ninguém tem de provar nada, é só acusar. É o acusado, mesmo que inocente, quem tem de provar sua inocência. Nesse país ser sério é uma afronta”, disse.

Dilma recebe apoio de artistas, intelectuais, advogados e militantes cristãos - Brasília Confidencial

19/10/2010

Foto


Aproximadamente mil artistas, intelectuais, políticos, advogados, líderes religiosos e militantes partidários lotaram ontem à noite o Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, para apoiar a presidenciável do PT, Dilma Rousseff. Declararam apoio, por exemplo, o arquiteto Oscar Niemeyer, o compositor Chico Buarque e a cantora Beth Carvalho, que não aparecia em público desde o fim do ano passado, quando se submeteu a uma operação de coluna.

“Estou me recuperando da cirurgia, mas fiz questão de vir”, afirmou Beth, que cantou uma versão política da música “Deixa a vida me levar”.

“Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra, que já passou por tudo, e não tem medo de nada. Vai herdar um governo que não corteja os poderosos de sempre. O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai”, discursou Chico Buarque.

Entre os representantes da classe artística estiveram presentes, além de Chico e Beth, os atores Paulo Betty, Dira Paes e Silvia Buarque, os músicos Alceu Valença, Wagner Tiso, Otto, Yamandu Costa, Rosemary, Lia de Itamaracá, Margareth Menezes e Alcione, além do cartunista Ziraldo e do diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa. Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente; os governadores reeleitos do Rio e da Bahia, respectivamente Sérgio Cabral (PMDB) e Jacques Wagner (PT); o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB); o teólogo Leonardo Boff, a filósofa Marilena Chaui e o sociólogo Emir Sader também marcaram presença.

Militantes do PT ocuparam parte da platéia vestindo camisetas de campanha e agitando bandeiras. Do lado de fora, telões na calçada transmitiam o evento.

O “Manifesto de Artistas e Intelectuais Pró-Dilma” defende o voto na candidata do PT para “garantir os avanços alcançados” sob a liderança do Governo Lula.

“É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana”, diz o documento.

Os artistas e intelectuais, alguns deles eleitores de Marina Silva (PV) no primeiro turno, declaram o entendimento de que “muito mais do que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado”.

No mesmo evento, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos entregou à candidata do PT um manifesto de apoio dos advogados com o título “Profissionais do Direito com Dilma”. E outra declaração de apoio à petista foi entregue por líderes e militantes cristãos. Intitulado “Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, o manifesto tem como primeiros signatários o presidente honorário da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Thomas Balduino, e o bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga, mas é assinado também por representantes de várias igrejas evangélicas. Além de anunciar o voto em Dilma, eles criticam o candidato do PSDB, José Serra, e denunciam “posturas autoritárias e mentirosas” contra a petista.

“Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura”, dizem.

”Uma vitória de Serra, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos socioculturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira”, afirma o documento.

“Não nos interessa se determinado candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer ‘Senhor, Senhor’’, mas realizar o projeto de Deus, ou seja, o projeto divino”, acentua o manifesto dos cristãos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

lamentavelmente isso é uma profanação - Padre Francisco Pesqueira

Áudios da missa do Canindé a maior celebração franciscana do país. Por isso, no dia fatídico em que a comitiva de José Serra invadiu o recinto, havia 80 frades franciscanos de todas as partes do país.

o link encaminha para: Luis Nassif On Line

Marcha da Educação prega “união contra as trevas” - Brasília Confidencial

18/10/2010

Aos gritos de “Educação na frente, Dilma Presidente”, centenas de militantes, especialmente professores, além de políticos, realizaram ontem, em Porto Alegre (RS), a Marcha pela Educação. A caminhada reuniu adversários tradicionais do PT no estado, hoje engajados da campanha de Dilma Rousseff, entre eles o ex-governador Alceu Collares e o prefeito da capital, José Fortunatti, ambos do PDT, e o senador Sérgio Zambiasi (PTB). Todos à frente da caminhada e carregando uma faixa onde se lia “Rio Grande Unido com Dilma Presidente do Brasil”.

No encerramento do percurso, o governador eleito Tarso Genro (PT) afirmou que todos estavam ali “unidos pela democracia e contra as trevas”. E acrescentou:

“Estamos unindo o Rio Grande em defesa do Brasil”.

Durante o trajeto, os professores, estudantes e funcionários das universidades federais distribuíram um manifesto com o título “Porque votaremos em Dilma Rousseff”.

Bispo de Guarulhos usava gráfica de tucana para multiplicar baixarias contra Dilma - Brasília Confidencial

18/10/2010

A Polícia Federal apreendeu ontem aproximadamente um milhão de panfletos com ataques ao Governo Lula, ao PT e à presidenciável do partido, Dilma Rousseff, assinados pela seção paulista da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e impressos por uma gráfica de São Paulo sob encomenda da Diocese de Guarulhos. Pelo que se tornou público até agora, em setembro a Diocese de Guarulhos encarregou Kelmon Luís Souza, assessor do bispo Luiz Gonzaga Bergonzini, de contratrar a impressão de 20 milhões de panfletos em gráficas de São Paulo. O lote apreendido neste fim-de-semana era parte de uma encomenda de 2,1 milhões de panfletos feita à Pana Editora e Gráfica, que tem como sócia uma funcionária da Assembleia Legislativa filiada ao PSDB, Arlety Satiko Kobayaswhi. A encomenda total à Pana foi revelada pelo contador da empresa, Paulo Ogawa, e compreendia a impressão dos panfletos durante o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial. Também foi Paulo Ogawa, pai de outro sócio da gráfica, que apontou o assessor do bispo de Guarulhos como intermediário da encomenda.

A apreensão de ontem foi determinada pelo ministro Henrique Naves, do Tribunal Superior Eleitoral, atendendo denúncia apresentada pelo PT.

Milhares de panfletos, idênticos aos que a Polícia Federal apreendeu ontem, foram distribuídos tanto na reunião que o candidato tucano José Serra manteve com aliados, em Brasília, logo depois do primeiro turno de votação, quanto em missas celebradas no dia 12 de outubro em Aparecida (SP) e em Contagem (MG). O texto, produzido e assinado no fim de agosto pelos bispos da seção paulista da CNBB, atribui posições pró-aborto ao PT, ao governo federal, ao presidente Lula e a Dilma Rousseff. E apela para que os eleitores não votem em quem é a favor da descriminalização do aborto.

Ontem, cerca de 50 bispos, reunidos sábado em Indaiatuba, divulgaram nota em que dizem que “não indicam nem vetam candidatos ou partidos” e “que não patrocinam a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra” qualquer candidato à Presidência. Entre os signatários dos dois textos estão os bispos Nelson Westrupp, de Santo André; Benedito Beni dos Santos (vice-presidente da seção paulista) e Airton José dos Santos (secretário-geral).

“O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos”, diz um trecho da nota emitida neste domingo.

Os bispos teriam avaliado que erraram em agosto ao citar o PT e Dilma.

”O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido. Você pode fazer uma nota tranquilamente, mas a partir do momento que você cita nomes e cita partidos políticos aí você fere as pessoas”, alegou o bispo de Limeira, Vilson Dias de Oliveira, coordenador da Comissão de Comunicação da regional.

Agora a seção paulista da CNBB recomendou que bispos evitem citar nomes de partidos ou de políticos em manifestações públicas como cartas ou declarações.

Sea - MERCEDES SOSA & JORGE DREXLER



Ya estoy en la mitad de esta carretera,
Tantas encrucijadas quedan atrás
Ya está en el aire girando mi moneda
Y que sea, lo que sea
Todos los altibajos de la marea
Todos los sarampiones que ya pasé
Yo llevo tu sonrisa
Como bandera
Y que sea lo que sea
Lo que tenga que ser, que sea
Y lo que no, por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
Y en las recetas de la felicidad
Cuando pase el recibo mis primaveras
Y la suerte este echada a descansar:
Yo miraré tu foto en mi billetera
Y que sea lo que sea
El que quiera creer, que crea
Y el que no su razón tendrá
Yo suelto mi canción en la ventolera
Y que la escuche quien la quiera escuchar
Ya está en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que sea
Y que sea lo que sea…
Ya está en el aire girando mi moneda
Y que sea lo que sea

προσήλυτος

domingo, 17 de outubro de 2010

Debate acompanhado por Luis nassif




http://www.advivo.com.br/node/237225

Sobre panfletos


foto de Clodoaldo Jurado, via twitter.


Copy/paste de e-mail recebido com informações do blog Escrevinhador

Já passava das 2 da manhã desse domingo. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 50 a 60 pessoas seguia de plantão – para evitar a distribuição dos panfletos ( supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos) recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff. Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.

Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.

Stanley Burburinho (ele mesmo!) e Carlos Teixeira fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!

Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.

Aqui, o contrato social da empresa – onde Arlety Kobayashi aparece como uma das sócias: contrato_social_grafica_pana[1]

E aqui a lista de filados do PSDB, onde ela aparece no diretório zonal da Bela Vista.

Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo.(desça a té u título atribuindo , que fala sobre gratificação). E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.

Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008. Victor concorreu pelo PSDB.

A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:

- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?

- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?

- onde seriam distribuídos os panfletos?

- onde estão os outros milhares de panfletos?

Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.

Mas não é só isso!

Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?

O Blog “NaMaria” traz a investigação completa, que aponta Kelmon Luis da S. Souza como o autor da “encomenda”. Ele teria ligações com movimentos integralistas e monarquistas!

O Blog do Nassif , por sua vez, mostra que as conexões poderiam chegar até bem perto de Índio da Costa (DEM), o vice de Serra. Ele, em algum momento, também teve proximidade com monarquistas. Mas esse detalhe ainda não está bem esclarecido.

De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista). Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.

Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais.

É caso de polícia. E não de religião.







Quando cheguei em casa passei horas localizando a editora no gmaps (tinha lido a respeito rapidamente), pensando em tomar um ônibus e ir lá tirar uma foto. Legal que fizeram isso e postaram. Estava cansada depois de fazer um freela de garçonete numa casa de jazz o TETA. Lá pela uma da manhã saí para a pausa e um cigarrinho. Na calçada, ouvindo Piazzola, olhava a rua, com o asfalto sinistramente refletindo, na lâmina da garôa, a luz do poste e os homeless dormindo sob a portada do cemitério, ignorantes do estilo arquitetônico das colunas do portão principal. Era tão estranho aquele momento, ou melhor, aquelas horas alienada das coisas, servindo, ouvindo boa música, conversando; mas a sensação de que estava acontecendo alguma coisa. (Aí, agora ha pouco, abri o e-mail de Toninha com a informação.) E estava. E não era paranóia. Era fato.

Google Maps: http://maps.google.com.br/maps?q=Rua+Jos%E9+Bento,+360,+Cambuci,+S%E3o+Paulo&hl=pt-BR&cd=1&ei=ezy6TIDoDpbuzAXwvfTiAg&sig2=wD8rKj2uWvWB2OVe71l7yw&ie=UTF8&view=map&cid=5414950342498240448&iwloc=A&ved=0CBoQpQY&sa=X#

vou pro mercado comprar ahuacatl

Moska e Kevin Johansen

sábado, 16 de outubro de 2010

Rodo cotidiano

A idéia lá
comia solta
subia a manga
amarrotada social
no calor alumínio
nem caneta nem papel
uma idéia fugia
era o rodo cotidiano
era o Rodo cotidiano

0 espaço é curto
quase um curral
na mochila amassada
uma quentinha abafada
meu troco é pouco
é quase nada
meu troco é pouco
é quase nada

Não se anda por onde gosta
mas por aqui não tem jeito todo mundo se encosta
ela some, ela no ralo de gente
ela é linda
mas não tem nome
é comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central
Da minhoca de metal
que entorta as ruas
da minhoca de metal
como um Concorde apressado
cheio de força
voa, voa mais pesado que o ar
e o avião, o avião, o avião
do trabalhador

0 espaço é curto
quase um curral
na mochila amassada
uma vidinha abafada
meu troco é pouco
é quase nada
meu troco é pouco
é quase nada

Não se anda por onde gosta
mas por aqui não tem jeito todo mundo se encosta
ela some no ralo de gente
ela é linda
mas não tem nome
é comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central
Da minhoca de metal
que entorta as ruas
da minhoca de metal que entorta as ruas
como um Concorde apressado
cheio de força
Voa ,voa mais pesado que o ar
e o avião, o avião, o avião
do trabalhador

UÔ Ô Ô Ô Ô My Brother

e os jornais não me informam mais, e as imagens nunca são tão claras

Retrato de um play boy

Palavras Repetidas

Boato na rede é crime! Quem espalha pode ter até a prisão preventiva decretada

A Lei 12034 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12034.htm), ou Lei dos Partidos Políticos, prevê multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 30 mil para quem envia ou reenvia e-mails com boatos, calúnias ou difamação, para fins eleitorais ou não, atacando candidatos.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (http://www.tse.gov.br/eje/html/info_eleicoes7.html), “divulgar fatos inverídicos em relação a candidatos e partidos, que sejam capazes de influenciar a opinião do eleitorado” também constitui crime eleitoral.
Esse tipo de prática também é considerada estelionato pelo Código Penal (http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/Del2848compilado.htm), e dá prisão preventiva. O artigo 171 da legislação tipifica como crime “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”, e a pena varia entre um e cinco anos de reclusão. Já o artigo 307 do mesmo Código diz que “no caso de atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio ou para causar dano a outrem”, e a pena de detenção prevista é de 3 meses a um ano.
Os e-mails criminosos podem ser encaminhados para o Ministério Público Federal (pge@pgr.mpf.gov.br) e para a Polícia Federal (http://www.safernet.org.br/site/), preferencialmente com o código original das mensagens (o ip de origem). Procure também identificar-se quando for fazer a denúncia.

O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi

Dilma divulga carta a religiosos para “deter sórdida campanha de calúnias”

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, divulgou ontem uma carta em que se declara pessoalmente contra o aborto e pede apoio aos eleitores para “deter a sórdida campanha de calúnias” que considera orquestrada contra sua candidatura.

“Espero contar com vocês para deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada. Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião”, escreveu a candidata.

Segundo Dilma, a carta será dirigida a pastores e líderes evangélicos, mas poderá ser aplicada para todas as outras religiões.

“A carta servirá para que a verdade triunfe”, declarou Dilma em entrevista.

No documento, a petista se compromete a não propor nenhuma alteração na legislação atual sobre o aborto, caso seja eleita presidente da República.

“Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que queremos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais”, afirma a presidenciável Dilma na carta. E continua:

“Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de cada religião no país”.

Sobre o Projeto de Lei Complementar 122, em tramitação no Senado, e que trata, entre outras medidas, do casamento de homossexuais, Dilma afirma que “será sancionado, no meu futuro governo, nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil.”

Lula: “Não podemos permitir que o Brasil desça serra abaixo”

Brasilia Confidencial
16/10/2010

Pastores e padres abriram ontem à noite com discursos, orações e canções o comício da campanha de Dilma Rousseff em São Miguel Paulista, na zona leste da cidade de São Paulo. Num dos pronunciamentos mais fortes em favor da candidata petista, o padre Júlio Lancelotti afirmou que a presença de religiosos no comício era para afastar o demônio da calúnia e da difamação.

“A palavra de Deus não pode ser usada embutida em boatos, em calúnias, em difamação. A presença dos padres e bispos é para afastar o demônio da calúnia e da difamação, o demônio que não constrói. O povo precisa ter liberdade de escolha. Deus nos fez livres, não com cabrestos”, discursou.

O presidente Lula também acusou os adversários de mentir e difamar a candidata do PT.

“É uma vergonha a campanha do nosso adversário em ataque à companheira Dilma Rousseff. É uma vergonha o preconceito contra a mulher. É uma vergonha os ataques e o preconceito contra a Dilma na internet. Estão mentindo e difamando, na perspectiva de que as pessoas acreditem nas mentiras e eles ganhem as eleições”, atacou.

Aumentando o tom da crítica, o presidente acusou a campanha tucana de demonstrar falta de caráter e de hombridade ao recorrer a ataques de natureza religiosa.

“É falta de caráter e de hombridade das pessoas que tentam abusar da boa-fé do povo”.

Lula aproveitou para fazer um trocadilho com o nome do candidato José Serra:

“Nós que trabalhamos para que o Brasil subisse ladeira acima, não podemos permitir que nas eleições o Brasil desça serra abaixo”.

Usando tom menos agressivo do que o do presidente, Dilma voltou a sugerir que José Serra, se eleito, vai privatizar os campos do pré-sal.

“Querem privatizar o pré-sal. Para quem querem privatizar o pré-sal? Querem entregar para as empresas estrangeiras. Vamos dizer um grande não para a privatização do pré-sal. Naaaão!”, gritou Dilma ao lado de um dirigente da Federação Única dos Petroleiros.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

“Vídeo bomba” mostra o que está em jogo no segundo turno

Marco Aurélio Weissheimer

Não seria nada mal se eleitores e eleitoras dedicassem alguns minutos de seus dias para conversar um pouco sobre o assunto exibido em um pequeno vídeo que fala sobre o presente e o futuro do país. Considerando a quantidade de baixarias que circula na internet e fora dela, esse vídeo é, como gosta de dizer nossa imprensa, uma bomba. Feita para pensar.

youtube

Carta Maior

A campanha eleitoral assumiu um tom fascistóide, diz Maria Rita Kehl

Celso Marcondes 15 de outubro de 2010 às 12:05h

Em entrevista a CartaCapital, a psicanalista responsabiliza Serra pelo nível do debate eleitoral, fala de aborto e corrupção.
O fim da coluna da psicanalista Maria Rita Kehl no O Estado de S.Paulo foi um dos assuntos da semana, em particular na internet. Seu artigo “Dois Pesos” foi pesado demais para os donos do diário paulista. Neste espaço, publicamos vários artigos a respeito. A repercussão enorme gerou até um abaixo-assinado que corre pela rede em sua defesa. Passado o impacto, Rita Kehl conversou com CartaCapital a respeito das eleições presidenciais, que ela acompanha de perto, com o olhar da profissional conceituada em sua área e também com a visão de cidadã e jornalista, carreira que seguiu nos tempos da ditadura. Ela se diz escandalizada com os temas que tomaram conta do debate eleitoral e responsabilizou a campanha do PSDB por isso.

Carta Capital

Transparência: nem sempre esclarece

vídeo: Basicregisters&monicamartins

Stephin Merritt The Man Of A Million Faces


assista video

In the darkness she embraces
The man of a million faces
Soon on backstreets she paces
Freezing in flimsy laces

Quite the psychiatric case
Is the man of a million faces
Wielder of flails and mases
Veteran of high-speed chases

Not a single victim places
The man of a million faces
No one knows what his race is
No sin or crime disgraces
The man of a million faces

Quando a biografia diz não

15/10/2010

AYRTON CENTENO

Campanha eleitoral tem mil e uma utilidades. Uma delas é mostrar o que é transformado no que não é. Para isso, serve-se o candidato de sua capacidade de mimetizar referências positivas. No primeiro turno, apontado nas pesquisas qualitativas como o “candidato dos ricos”, José Serra metamorfoseou-se no pobre “Zé da Moóca”, o “amigo do Lula”. Mas a nova identidade não colou. Até seu mentor FHC chiou: “Serra não é Zé, Serra é Serra!” Então, voltou a ser Serra. É do jogo. Mas, convenhamos, o disfarce deste segundo turno vai além do decoro e do respeito às coisas sabidas e consabidas. Agora, Serra ou Zé ou Serra é “o homem do bem”. E é, convenhamos, demais até para as regras complacentes das fantasias eleitorais.

Adversários e aliados, esquerda e direita, conservadores e progressistas, todo o mundo da política sabe que Serra, Zé ou Serra não cabe no novo figurino.

“Serra é mais feio na alma do que no rosto”, carimbou Ciro Gomes. Integrante do PSDB até 1996, portanto ex-companheiro de viagem do tucano, Ciro já declarou que Serra “não tem escrúpulos” e “passaria com um trator até por cima da mãe”. Acusou-o de ser truculento e de agir destrutivamente. Ele sabe do que fala. A transformação da internet em uma cloaca nazista, plena de ódio, mentira e preconceito serve como ilustração.

Relata a crônica política que sua antiga aliada do PFL, Roseana Sarney, e seus companheiros de PSDB, os ex-ministros Paulo Renato e Pedro Malan e o senador Tasso Jereissati – estes três adversários de Serra na disputa interna do PSDB à sucessão presidencial em 2002 – sabem bem como é amarga a condição de quem se atravessa no caminho do “homem do bem”.

Mas um “homem do bem” precisa ter a coragem de assumir o que faz. Um “homem do bem” precisa dar respostas. E respostas convincentes. Serra, alvo de muitas perguntas, não costuma dá-las.

Precisa explicar, por exemplo, como seu dileto amigo, primo político e ex-sócio, Gregório Marin Preciado, mais conhecido como “Espanhol”, conseguiu reduzir sua dívida no Banco do Brasil – na época de FHC presidente e Serra ministro — de R$ 448 milhões para apenas R$ 4,1 milhões! Menos de 1% do que devia! Quais dos milhões de credores do BB não gostariam de um tratamento vip desses? Mas não é para qualquer bico e sim para bico de tucano…Pelo menos, parece que naqueles tempos era assim.

Precisa explicar porque alojou o mesmo Preciado no conselho de administração do Banespa, banco de todos os paulistas, mais tarde privatizado, segundo o receituário tucano. Não antes do Banespa perder dinheiro grosso em negociações com o dito Preciado.

Precisa explicar como o “Espanhol”, mesmo quebrado, arranjou US$ 3,2 milhões para depositar no exterior, através da conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova Iorque. Boa parte da bolada favoreceu empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e também de FHC, alvo de vários processos por conta das privatizações da Era Tucana.

Precisa explicar como e porque seu ex-caixa ajudou o querido primo, antigo sócio e sempre amigo Preciado — este sem vintém e devendo ao Banco do Brasil — a comprar três estatais de energia elétrica – Coelba, da Bahia, Cosern, do Rio Grande do Norte, e Celpe, de Pernambuco. Representante da empresa Iberdrola, da Espanha, Preciado conseguiu, sempre com a mão amiga do ex-caixa de Serra, formar o consórcio Guaraniana que arrematou as três empresas estaduais. E tudo em sociedade com o BB. Ou seja, deu-se uma mágica segundo a qual um grande devedor do BB tornou-se sócio do próprio credor para comprar patrimônio público do povo brasileiro!

Precisa explicar porque a maior parte do dinheiro de Preciado trafegou no exterior justamente em anos eleitorais, especialmente em 2002, quando o amigo, sócio e primo Serra disputou a Presidência contra Lula. Foram US$ 1,5 milhão. Mera casualidade? Serra deve explicar.

Precisa explicar porque, junto com o primo e então sócio Preciado, desfez-se às pressas de um imóvel que seria penhorado por dívidas junto ao Banco do Brasil. Teriam praticado aquilo que é conhecido como “fraude pauliana”? Em outras palavras, fraude contra credor, impedindo-o de se ressarcir do dano sofrido?

Precisa explicar como foi exatamente que sua filha e ex-sócia, Verônica Serra, tornou-se também sócia de outra Verônica, esta Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir em Miami. E qual exatamente foi o papel do banco Opportunity, de Dantas, no financiamento da empresa? Dantas que, por outra coincidência, arrematou várias estatais na era de ouro da privataria e, em uma de suas últimas aparições públicas, portava elegantes algemas aplicadas pelo delegado Protógenes Queiroz, da PF.

Precisa explicar porque, durante muitos anos, omitiu das declarações à Justiça Eleitoral sua sociedade com a filha Verônica na ACP Análise da Conjuntura, firma que operava em São Paulo em imóvel do primo, ex-sócio e amigo Preciado. Por quê?

Precisa explicar a penca de empresas de nomes iguais ou similares – como se fosse preciso despistar alguém — abertas por sua ex-sócia e filha, além do genro Alexandre Bourgeois, no Brasil e em paraísos fiscais.

Precisa explicar porque o alto tucanato abriu tantas empresas em paraísos fiscais do Caribe, notadamente no Citco Building, em Road Town, nas Ilhas Virgens Britânicas, e coincidentemente no tempo das privatizações. De onde saiu tanto dinheiro?

Precisa explicar, aliás, onde foi parar mesmo o dinheiro das privatizações?

É árduo senão impossível responder estas perguntas, todas oriundas de reportagens, representações do Ministério Público Federal, ações judiciais e relatórios de CPIs. Perguntar-lhe também tem sido difícil. Não somente pelo compromisso dos donos da mídia com o candidato, mas pela sua recorrente reação às raras questões embaraçosas apresentadas pelos repórteres. O tratamento padrão dado àqueles que dele divergem ou o questionam não ajuda na composição da alegoria de “homem do bem”. As redações sabem que, na pele de Serra ou Zé, a resposta pode ser igualmente brusca e destemperada. Foi assim nesta semana e assim tem sido ao longo de toda a campanha. Mas é um momento jornalisticamente revelador porque o candidato exibe-se inteiro como realmente é: autoritário e prepotente.

O problema de Serra reside em um ponto: a categoria de “homem do bem” não é autoconcedida. Depende dos outros, de seus juízos e de toda uma história de vida e de escolhas. Do que se fez e do que se deixou de fazer. E do que se está fazendo exatamente agora.

Serra pode querer ser, por conveniência, o “homem do bem”. Mas sua biografia diz não.

Brasília Confidencial