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Se compreender é impossível, conhecer é necessário.
Primo Levi

“Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem” B.Brecht

"Politicians should read science fiction, not westerns and detective stories." - Arthur C. Clarke

Time is so old and love so brief
Love is pure gold and time a thief (Billie Holiday)

Ai que preguica! (Macunaima)

No creo en la eternidad de las peleas
Y en las recetas de la felicidad (John Drexler, Mercedes Sosa)

Na aula de hoje: Todo vice é um Kinder Ovo; vem com uma surpresa dentro.



domingo, 17 de outubro de 2010

Debate acompanhado por Luis nassif




http://www.advivo.com.br/node/237225

Sobre panfletos


foto de Clodoaldo Jurado, via twitter.


Copy/paste de e-mail recebido com informações do blog Escrevinhador

Já passava das 2 da manhã desse domingo. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 50 a 60 pessoas seguia de plantão – para evitar a distribuição dos panfletos ( supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos) recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff. Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.

Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.

Stanley Burburinho (ele mesmo!) e Carlos Teixeira fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!

Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.

Aqui, o contrato social da empresa – onde Arlety Kobayashi aparece como uma das sócias: contrato_social_grafica_pana[1]

E aqui a lista de filados do PSDB, onde ela aparece no diretório zonal da Bela Vista.

Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo.(desça a té u título atribuindo , que fala sobre gratificação). E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.

Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008. Victor concorreu pelo PSDB.

A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:

- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?

- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?

- onde seriam distribuídos os panfletos?

- onde estão os outros milhares de panfletos?

Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.

Mas não é só isso!

Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?

O Blog “NaMaria” traz a investigação completa, que aponta Kelmon Luis da S. Souza como o autor da “encomenda”. Ele teria ligações com movimentos integralistas e monarquistas!

O Blog do Nassif , por sua vez, mostra que as conexões poderiam chegar até bem perto de Índio da Costa (DEM), o vice de Serra. Ele, em algum momento, também teve proximidade com monarquistas. Mas esse detalhe ainda não está bem esclarecido.

De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista). Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.

Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais.

É caso de polícia. E não de religião.







Quando cheguei em casa passei horas localizando a editora no gmaps (tinha lido a respeito rapidamente), pensando em tomar um ônibus e ir lá tirar uma foto. Legal que fizeram isso e postaram. Estava cansada depois de fazer um freela de garçonete numa casa de jazz o TETA. Lá pela uma da manhã saí para a pausa e um cigarrinho. Na calçada, ouvindo Piazzola, olhava a rua, com o asfalto sinistramente refletindo, na lâmina da garôa, a luz do poste e os homeless dormindo sob a portada do cemitério, ignorantes do estilo arquitetônico das colunas do portão principal. Era tão estranho aquele momento, ou melhor, aquelas horas alienada das coisas, servindo, ouvindo boa música, conversando; mas a sensação de que estava acontecendo alguma coisa. (Aí, agora ha pouco, abri o e-mail de Toninha com a informação.) E estava. E não era paranóia. Era fato.

Google Maps: http://maps.google.com.br/maps?q=Rua+Jos%E9+Bento,+360,+Cambuci,+S%E3o+Paulo&hl=pt-BR&cd=1&ei=ezy6TIDoDpbuzAXwvfTiAg&sig2=wD8rKj2uWvWB2OVe71l7yw&ie=UTF8&view=map&cid=5414950342498240448&iwloc=A&ved=0CBoQpQY&sa=X#

vou pro mercado comprar ahuacatl

Moska e Kevin Johansen