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Se compreender é impossível, conhecer é necessário.
Primo Levi

“Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem” B.Brecht

"Politicians should read science fiction, not westerns and detective stories." - Arthur C. Clarke

Time is so old and love so brief
Love is pure gold and time a thief (Billie Holiday)

Ai que preguica! (Macunaima)

No creo en la eternidad de las peleas
Y en las recetas de la felicidad (John Drexler, Mercedes Sosa)

Na aula de hoje: Todo vice é um Kinder Ovo; vem com uma surpresa dentro.



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

COMUNICADO DE LA PRESIDENCIA DE LA REPUBLICA DEL ECUADOR


EL GOBIERNO ECUATORIANO AL MUNDO:

Ante el escenario de un intento de desestabilización del sistema democrático ecuatoriano, ocasionado por la insubordinación de elementos de la fuerza pública se hace conocer a la comunidad internacional:

El día de hoy, un grupo de policías de tropa decidió violentar la constitución y las leyes, al insubordinarse sin previo aviso, con la excusa de rechazar la aprobación en la Asamblea Nacional de una normativa que regula a todo el sector público. Esta acción ilegal, impulsada por grupos que persiguen la ruptura de orden democrático tiene como objetivo final interrumpir un proceso histórico de cambio político, económico y social que cuenta con el indiscutible apoyo mayoritario de las ciudadanas y ciudadanos del Ecuador.

La lucha del gobierno de la Revolución Ciudadana trasciende el espacio nacional bajo los principios universales de democratización y consagración de la igualdad y la soberanía de todos los pueblos, y se materializa a través de políticas sociales que han marcado un hito en la historia de este país:

1. Más de 6.000 millones de dólares invertidos para asegurar una atención de salud gratuita y de calidad.

2. Defensa de los derechos de los trabajadores: Eliminación de toda forma de explotación y precarización laboral, incremento de las remuneraciones para conseguir un salario digno para todos los ecuatorianos. (Los ingresos de la tropa policial se han duplicado en este gobierno).

3. Más de 5.613 millones de dólares en créditos para el desarrollo empresarial con énfasis en la pequeña y mediana empresa.

4. Más de 200 mil familias beneficiadas con subsidios de vivienda.

La soberanía radica en el pueblo, cuya voluntad es fundamento de la autoridad y se ejerce a través de los legítimos órganos del poder público. Por tanto, es derecho irrenunciable de ese mismo pueblo defender, como lo está haciendo, la vigencia irrestricta de la Democracia y la continuidad del Gobierno al que ellos han encomendado soberanamente la dirección del Estado ecuatoriano.

Reafirmamos el compromiso público que expresó el Presidente Correa de defender la Democracia y el proceso de cambio de la Revolución Ciudadana hasta las últimas consecuencias. Jamás cederemos ante las presiones golpistas de los grupos económicos y políticos que conspiran tras la acción de ciertos miembros de la Policía Nacional.

La Revolución Ciudadana pertenece al pueblo, y contra el pueblo ninguna conspiración podrá triunfar jamás.

http://www.ecuador.org/blog/?p=881


Radio Vision 91.7 Ecuador: http://www.radiovision.com.ec/al_aire.php

Post-it cor-de-rosa sobre gestão pública - Brasília

ACTA - Tokyo - medicamentos genéricos

http://keionline.org/acta

Plan Ceibal Uruguay

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MANIFESTO AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Por Iremar Melo
Diretor de Teatro, Produtor Cultural, Observador Cultural e Pesquisador Teatral.
Forum_Teatro
O candidato a presidência da república pelo PSDB, José Serra numa atividade política exagerou ao dizer : “se eleito, triplicarei o orçamento do Ministério da Cultura”. Ele destacou que, durante sua passagem pelo governo paulista, multiplicou por três o orçamento da pasta e que hoje a Secretaria de Cultura do Estado tem orçamento maior que o federal. Vamos lá.

A Secretaria de Cultura do estado de São Paulo está lá, jogada as traças com parcos investimentos financeiros. O Conselho Estadual de Cultura ninguém sabe o que acontece. O PROAC-ICMS, importante instrumento de multiplicação e democratização da cultura está desativado. O PROAC está fora do ar por algum tempo. Alguns programas foram "desativados".

A Secretaria de Cultura desde a época da Sra. Claudia Costin andou aos trancos e barrancos. Não contribuiu expressivamente. Além disso, desmantelou o Conselho Estadual de Cultura. Mais para frente o governador, do estado de São Paulo José Serra, segundo o jornal O Estado de São Paulo 31/05/2007, extinguiu as treze delegacias regionais de cultura que abrangia os quatrocentos municípios dentro do estado de São Paulo. Vai ver que era por causa da quantidade de delegacias que representavam na sua totalidade o treze. Informação de desativação foi veiculada no mesmo jornal que publicou em seu editorial do dia 25/09/2010 em Notas e Informações apoio ao candidato José Serra, refutando assim a tendência partidarista de jornais discutida em toda mídia e criticada pelo presidente da república.

Quando o governo federal em 2005/06 lançou a 1ª Conferência Nacional de Cultura, o governo do estado de São Paulo nada fez para que os municípios participassem dessa importante ação promovida pelo governo LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA na figura do Ministro Gil na época. Vale lembrar que o orçamento da cultura no governo federal saltou de R$ 287 milhões, em 2003, para R$ 2,2 bilhões, em 2010. A renúncia fiscal saiu de R$ 400 milhões para mais de R$ 1 bilhão. O governo federal abriu outros editais.

A Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo deveria se preocupar em agilizar suas questões culturais e seus programas. O PROAC-ICMS está suspenso por falta de verba. Daí o governo do estado de São Paulo resolveu paralisar o Programa de Ação Cultural. Está lá no site para quem quiser ver. A verdade é que faltou projeção financeira para posteriores eventualidades. Faltou planejamento orçamentário, articulação entre secretarias de Cultura, de Planejamento, de Finanças entre outras secretarias.

O governador do estado de São Paulo deveria se preocupar em melhorar sua Secretaria de Cultura, aumentar a verba da cultura, bem como voltar com as Delegacias Regionais de Cultura e parar de colocar cabos eleitorais do partido para gerirem esses importantes órgãos públicos.

A revolução precisa ser feita lá na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Lá que deve ser feita uma revolução.

O PAC- na época, agora PROAC, saiu de uma mobilização do Conselho de Entidade Cultural, onde estávamos há mais de três anos lutando para um fundo estadual de cultura, que ao que parece resultou no PAC/PROAC. Com muito custo, as associações e entidades do setor cultural penaram para que isso acontecesse. Foram feitas várias pressões, idas e vindas na assembléia legislativa do estado de São Paulo para que a coisa
caminhasse. Houve uma grande mobilização e articulação para que o estado de São Paulo tivesse algo decente.

Ainda assim o PROAC-SP anda capengando por falta de recursos financeiros.
Os programas onde participam profissionais, têm que ficar esperando sentados para receberem seus parcos cachês e às vezes atrasados.

O programa de cultura do estado de São Paulo deixa a desejar. Não existe debate político nesse governo. Não alcança aos pelos menos 645 municípios do estado de São Paulo. Claro, é difícil trabalhar com esse número, mas pelo menos trabalhar com algo expressivo.

A Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo está fincada, sediada, estabilizada no coração de São Paulo, um dos estados mais ricos do Brasil e 1ª economia da América Latina e anda sem recursos expressivos para pagar profissionais, aumentar cachês, aumentar verba de programas, contratar mais profissionais, criar programas com bons investimentos, abrir edital para contratar mais servidores, pagar bem os servidores e renovar projetos aumentado valores.

Caro governador do estado de São Paulo e futuro governador, use de suas atribuições e comece a limpar a casa. Contrate, faça substituições, nomeie, cobre resultados, aumente a verba da cultura do estado de São Paulo. Mostre trabalho. Queremos investimento na Cultura do Estado de São Paulo.

Vamos torcer para que o próximo governador do estado de São Paulo trabalhe de verdade para a cultura.

Genéricos ameaçados

Os governos mais ricos do mundo estão negociando esta semana um acordo secreto que poderá restringir a comercialização de medicamentos genéricos essenciais. Milhões de pessoas pobres dependem destes medicamentos para tratar doenças como a malária e o HIV. Se o acordo for adiante, muitas pessoas não terão mais acesso a remédios de baixo custo, colocando milhões de vidas em risco.

Um dos principais alvos deste tratado é o Brasil, que está sendo intencionalmente excluído do processo, junto com a China e a Índia. O tratado deverá definir regras para vários assuntos como transgênicos, a Internet e medicamentos. Os países responsáveis estão se apressando para fechar um acordo antes que haja uma revolta da opinião pública, mas as notícias sobre o tratado vazaram e a oposição está crescendo.

As nossas vozes podem trazer este absurdo à tona. A pressão popular já conseguiu parar negociações comerciais injustas antes. Agora podemos novamente garantir que nenhum acordo injusto seja assinado em reuniões fechadas. Assine a petição agora por um processo aberto e justiça para medicamentos genéricos – a Avaaz e parceiros irão entregar a petição semana que vem nas negociações em Tóquio.

Assine e divulgue:
http://www.avaaz.org/po/acta/?vl
O chamado ACTA, Acordo Comercial Anti Falsificações, foi intencionalmente mantido fora dos holofotes públicos. Mas agora ele vazou e defensores da saúde pública e da liberdade na Internet estão soando o alarme. Nas últimas semanas a China, Índia e o Parlamento Europeu começaram a criticar o acordo.

O acordo proposto é bem preocupante, mas a sua parte mais absurda se refere aos genéricos. O ACTA trataria muitos medicamentos “genéricos” e "falsificados" de forma idêntica, sujeitando os genéricos às mesmas táticas de “apreensão e destruição” aplicadas aos medicamentos falsificados.

Gigantes da indústria farmacêutica afirmam que isto é necessário para proteger os consumidores - mas eles mesmos vendem versões genéricas de medicamentos cujas patentes expiraram. Os medicamentos genéricos, que são muitas vezes 90% mais baratos, não são inerentemente mais ou menos seguros do que os medicamentos de marca. O que está em jogo é o lucro das empresas farmacêuticas versus a vida das pessoas pobres.

A mobilização popular em massa já conseguiu interromper ações similares de grandes empresas farmacêuticas e governos ricos. Não vamos deixar alguns países decidir o destino de milhões de vidas em acordos secretos.

Leia mais sobre o ACTA:

A luta entre ricos e pobres em torno da propriedade intelectual:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16757

Como o ACTA ameaça nossa liberdade:
http://www.outraspalavras.net/?p=921

ACTA: o tratado anti-pirataria que a Casa Branca não quer que o público conheça:
http://remixtures.com/2009/10/acta-o-tratado-anti-pirataria-que-a-casa-branca-nao-quer-que-o-publico-conhececa/

Países não se entendem sobre lei supranacional de repressão à pirataria:
http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/02/25/paises-nao-se-entendem-sobre-lei-supranacional-de-repressao-a-pirataria/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Carta ao povo brasileiro

Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre.

Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.

Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo. Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais.

Nos últimos anos, com vigor, a liberdade de manifestação de idéias fluiu no País. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude.

Não se pode cunhar de autoritário um governo por fazer criticas a setores da imprensa ou a seus adversários, já que a própria crítica é direito de qualquer cidadão, inclusive do Presidente da República.

Estamos às vésperas das eleições para Presidente da República, dentre outros cargos. Eleições que concretizam os preceitos da democracia, sendo salutar que o processo eleitoral conte com a participação de todos.

Mas é lamentável que se queira negar ao Presidente da República o direito de, como cidadão, opinar, apoiar, manifestar-se sobre as próximas eleições. O direito de expressão é sagrado para todos – imprensa, oposição, e qualquer cidadão. O Presidente da República, como qualquer cidadão, possui o direito de participar do processo político-eleitoral e, igualmente como qualquer cidadão, encontra-se submetido à jurisdição eleitoral. Não se vêem atentados à Constituição, tampouco às instituições, que exercem com liberdade a plenitude de suas atribuições.

Como disse Goffredo em sua célebre Carta: “Ao povo é que compete tomar a decisão política fundamental, que irá determinar os lineamentos da paisagem jurídica que se deseja viver”. Deixemos, pois, o povo tomar a decisão dentro de um processo eleitoral legítimo, dentro de um civilizado embate de ideias, sem desqualificações açodadas e superficiais, e com a participação de todos os brasileiros.

ADRIANO PILATTI – Professor da PUC-Rio
AIRTON SEELAENDER – Professor da UFSC
ALESSANDRO OCTAVIANI – Professor da USP
ALEXANDRE DA MAIA – Professor da UFPE
ALYSSON LEANDRO MASCARO – Professor da USP
ARTUR STAMFORD – Professor da UFPE
CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO – Professor Emérito da PUC-SP
CEZAR BRITTO – Advogado e ex-Presidente do Conselho Federal da OAB
CELSO SANCHEZ VILARDI – Advogado
CLÁUDIO PEREIRA DE SOUZA NETO – Advogado, Conselheiro Federal da OAB e Professor da UFF
DALMO DE ABREU DALLARI – Professor Emérito da USP
DAVI DE PAIVA COSTA TANGERINO – Professor da UFRJ
DIOGO R. COUTINHO – Professor da USP
ENZO BELLO – Professor da UFF
FÁBIO LEITE – Professor da PUC-Rio
FELIPE SANTA CRUZ – Advogado e Presidente da CAARJ
FERNANDO FACURY SCAFF – Professor da UFPA e da USP
FLÁVIO CROCCE CAETANO – Professor da PUC-SP
FRANCISCO GUIMARAENS – Professor da PUC-Rio
GILBERTO BERCOVICI – Professor Titular da USP
GISELE CITTADINO – Professora da PUC-Rio
GUSTAVO FERREIRA SANTOS – Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco
GUSTAVO JUST – Professor da UFPE
HENRIQUE MAUES – Advogado e ex-Presidente do IAB
HOMERO JUNGER MAFRA – Advogado e Presidente da OAB-ES
IGOR TAMASAUSKAS – Advogado
JARBAS VASCONCELOS – Advogado e Presidente da OAB-PA
JAYME BENVENUTO – Professor e Diretor do Centro de Ciências Jurídicas da
Universidade Católica de Pernambuco
JOÃO MAURÍCIO ADEODATO – Professor Titular da UFPE
JOÃO PAULO ALLAIN TEIXEIRA – Professor da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco
JOSÉ DIOGO BASTOS NETO – Advogado e ex-Presidente da Associação dos Advogados de São Paulo
JOSÉ FRANCISCO SIQUEIRA NETO – Professor Titular do Mackenzie
LENIO LUIZ STRECK – Professor Titular da UNISINOS
LUCIANA GRASSANO – Professora e Diretora da Faculdade de Direito da UFPE
LUÍS FERNANDO MASSONETTO – Professor da USP
LUÍS GUILHERME VIEIRA – Advogado
LUIZ ARMANDO BADIN – Advogado, Doutor pela USP e ex-Secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça
LUIZ EDSON FACHIN – Professor Titular da UFPR
MARCELLO OLIVEIRA – Professor da PUC-Rio
MARCELO CATTONI – Professor da UFMG
MARCELO LABANCA – Professor da Universidade Católica de Pernambuco
MÁRCIA NINA BERNARDES – Professora da PUC-Rio
MARCIO THOMAZ BASTOS – Advogado
MARCIO VASCONCELLOS DINIZ – Professor e Vice-Diretor da Faculdade de Direito da UFC
MARCOS CHIAPARINI – Advogado
MARIO DE ANDRADE MACIEIRA – Advogado e Presidente da OAB-MA
MÁRIO G. SCHAPIRO – Mestre e Doutor pela USP e Professor Universitário
MARTONIO MONT’ALVERNE BARRETO LIMA – Procurador-Geral do Município de Fortaleza e Professor da UNIFOR
MILTON JORDÃO – Advogado e Conselheiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária
NEWTON DE MENEZES ALBUQUERQUE – Professor da UFC e da UNIFOR
PAULO DE MENEZES ALBUQUERQUE – Professor da UFC e da UNIFOR
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI – Professor da USP
RAYMUNDO JULIANO FEITOSA – Professor da UFPE
REGINA COELI SOARES – Professora da PUC-Rio
RICARDO MARCELO FONSECA – Professor e Diretor da Faculdade de Direito da UFPR
RICARDO PEREIRA LIRA – Professor Emérito da UERJ
ROBERTO CALDAS – Advogado
ROGÉRIO FAVRETO – ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça
RONALDO CRAMER – Professor da PUC-Rio
SERGIO RENAULT – Advogado e ex-Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça
SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA – Professor Titular da USP
THULA RAFAELLA PIRES – Professora da PUC-Rio
WADIH NEMER DAMOUS FILHO – Advogado e Presidente da OAB-RJ
WALBER MOURA AGRA – Professor da Universidade Católica de Pernambuco


copy/paste do blog do saraiva

Brasil - Bolivia


A escola estadual Padre Anchieta, no bairro do Brás, em São Paulo, é notícia. Não por nota alta no ENEM, ações sociais ou comunitárias; pelo contrário.
Os alunos brasileiros estão discriminando com violência alunos bolivianos que lá estudam.
O Brás é a região das confecções e é para lá que muitos imigrantes latino americanos encontram como sobreviver, já tendo sido tema de matérias quanto às péssimas condições de ambiente em que estes trabalham e moram, com carga horária incompatível com o que recebem e “otras cositas más”. Bom, isso já foi escrito em muitos jornais.
Mas as reportagens não foram suficientes para inibir o que vem acontecendo na escola Padre Anchieta, é, aquele que escrevia poemas nas areias, na praia.
Pelo visto ele é só um nome, talvez os alunos nem saibam quem foi e o que fez.
Ouço no rádio a notícia e ouço também que os professores não tem, por causa da forma do ensino, condições de cuidar desses assuntos.
Ora, então que seja enviado um representante da ONU, ACNUR, um especialista em direitos humanos e internacionais, façam uma reunião com pais, mestres e alunos, e expliquem, ensinem, esclareçam que isso é crime e que tem consequências para quem faz e para quem recebe essas agressões.
Divulguem as relações atuais do Brasil com a América Latina, troca de experiências culturais, educacionais, enfim alguém que conte o que está acontecendo nesse nível. Quem sabe disso já sabe; até ocupa cargo porque sabe; agora: quem tem que saber não sabe. E então?
“Tô desejando muito”, afinal um blog é realidade virtual né?
Envergonhada estou. Ainda há o brasileiro que fala essa “negrada”, essa “baianada”, essa “indiarada”; esse “bando de nordestinos”, não se referindo ao que a norma do coletivo indica, mas a pessoas.
Salto quântico ...
Salto quântico vai ser mesmo quando as diaristas e faxineiras conseguirem cobrar por sua mão de obra o metro quadrado de onde limpam, quantas pessoas terão que atender, se tem crianças, cachorro, gato etc etc etc...
Ok, Papai Noel existe...

Voa Viola - Festival Nacional da Viola

http://www.voaviola.com.br/principal.php

Lula, o Brasil reinventado

Às vésperas da "Presidencial", retrato de um país em ebulição.
http://www.liberation.fr/le-journal/28/09/2010/418

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Cê" não imagina o que vai ver

http://www.bl.uk/manuscripts/

Reparação do dano moral



desembargadora Fátima Zanetti

Como ser desagradável em poucos passos

1) Envie e-mail coletivo sem ocultar os endereços, falando sobre assunto sobre os quais voce nunca discutiu com as pessoas, forçando uma intimidade que você não tem com os destinatários: ex: e-mails neuro patrióticos sobre as eleições de 2010 (como se fossem apenas presidenciais, pure!)

2) Envie torpedos ou faça ligações telefônicas sobre propaganda política para quem não está inscrito em seu partido.

Recebi MAIS UM E-MAIL COLETIVO SOBRE AS ELEIÇÕES , OS ENDEREÇOS DESCOBERTOS, PARA PESSOAS QUE NEM SEI QUEM SÃO!

SE LIGA MANÉ...

Bosch, atemporal.



Quando houve o acidente da BP, a midia comentava ser o "maior acidente ecológico dos Estados Unidos". Chamou a minha atenção, e pensei: oceanos e mares não tem fronteiras, então o maior acidente ecológico era do planeta e não, apenas, dos EUA. Ouvi, de uma pessoa, "bem feito para eles", "isso é lá com eles". Acho que ela - a pessoa- nunca jogou uma garrafa no mar com mensagens...

Apesar da internet ainda pensamos com fronteiras, com blindagens ilusórias, negando a anatomia de nosso cérebro que tem o tronco cerebral a unir os dois hemisférios. Mas há a conveniência, ignorância ou oportunismo ao se pensar em termos "regionais".

domingo, 26 de setembro de 2010

Pasión

Más allá de los frívolos discursos posmodernos y los fracasados pronósticos de los teóricos del fundamentalismo del mercado, la pasión sigue siendo la más poderosa fuerza motriz de las grandes transformaciones políticas, sociales y culturales.
Hugo Acevedo

privacidade

Hoje domingo 11:02 h recebo uma ligação para votar em Aloysio Nunes.
Que intimidade é essa?
011 3511 1700 é o número que aparece no bina.
"O assinante programou esse número para não receber chamadas temporariamente".

Salario mínimo $300

Lí em matéria de Ayrton centeno, em Brasília Confidencial, "Lula afrima que Dilma vai unir o país", lá no último parágrafo:
"Lula enumerou alguns avanços sociais durante seu governo: 99% das categorias profissionais com aumento de salário acima da inflação, salário mínimo de quase 300 dólares e, até o fim do ano, criação de 15 milhões de empregos com carteira assinada."
http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=21721

Isso me fez lembrar essa situação há 26 anos atrás:
Se minhas pesquisas na web foram feitas corretamente, o salário mínimo em julho de 1984 era de $53,71 ( moeda corrente Cruzeiro) (Câmbio=1809.00).
Mas por que escrevo isso? Para lembrar de uma conversa com um senhor num bar em Firenze – Bar de um iraniano que servia água mineral como quem serve champagne – onde todas as tardes, para aliviar um calor pazzesco de 35 graus, íamos nos intervalos da tarde “tomar um refresco” que podia ser água, cerveja ou uma hoha hola (cola cola em Fiorentino).
Todos éramos ou estudantes ou mestres artesãos em metalurgia. Era com orgulho e um certo exibicionismo que íamos com nossos aventais de couro, até o bar de Husseim, até para não sermos confundidos com os turistas e sermos embarcados por engano em um ônibus com ar condicionado.
O convívivo diário e a curiosidade dos humanos, fiquei amiga deste Mestre, um líder natural, daqueles que chegam com um sorriso na cara suada, cantando um trecho de ópera e cumprimentando todo mundo, atrás de sua barriga enorme protegida pelo avental, as mangas arregaçadas e que, apenas sentado, acendia seu cigarro e falava: bene ragazzi racontatemi tutto dal ieri fino adesso... e assim esse urso reunia todos á sua volta.
Então quis saber que eu era, que amava o Brasil mesmo sem conhecer e que não queria morrer sem antes vir pescar no pantanal. Conversa vai e vem, a chegada dos refugiados vietnamitas em minha escola despertou uma discussão sobre a condição das pessoas no mundo. E foi assim, não me recordo o começo da conversa, que falei quanto ganhava um operário no Brasil.
Pietro Cornara deu um murro na mesa e disse que isso não podia continuar, que era necessário fazer alguma coisa.
Ok o curso acabou, não nos vimos mais, mas aquele murro na mesa era verdadeiro.
Tenho saudades daqueles dias, onde , depois de um banho, ia para os centros dos operários assistir a um filme, comer um lanche ou ler jornais. Eu não precisava ser operária, não precisava ser do mesmo partido deles, para ser acolhida com dignidade.
Ok as coisas mudaram é o gerúndio da história. A Roda da Fortuna como musicou Karl Orff em Carmina Burana. “Vita detestabilis” para uns e ótima para outros.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

crendices

Manga com leite mata.

Apontar a lua com o dedo dá verruga.

Ter sete filhos homens: o sétimo vira lobisomen.

Passar sob escada tira a sorte.

Falar azar dá azar.

Se voce votar direitinho vai virar antropófago.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

El Infierno - Luis Estrada


una pelicula mexicana que presenta una cruda realidad de una parte de México, con el mensaje “nada que celebrar” – refiriendose al Bicentenario de la independencia - recalca con esta comedia que hace falta a México por mejorar como país. El protagonista de esta pelicula mexicana se centra en Benjamin García “El Benny”, deportado de Estados Unidos, encuentra la violencia irracional, corrupción y la crisis económica de México.



http://www.megaupload.com/?d=K8FL3JLP

domingo, 19 de setembro de 2010

Dancing With The Moonlit Knight



(Tradução)
“Você poderia me dizer onde se encontra o meu país?”
Disse o unifaun (1) aos olhos do seu verdadeiro amor
"Ele encontra-se comigo!" Gritou a Rainha do Talvez (2)
- Pela sua mercadoria, ele trocou por seu prêmio

"Jornal da tarde!" Gritou uma voz na multidão (3)
“Um velho morreu!" O bilhete que ele deixou
Estava assinado “O Velho Pai Tâmisa”
- Parece que ele se afogou
Vendendo a Inglaterra por libras esterlinas

Cidadãos de Esperança & Glória (4)
O tempo passa - é ‘o momento de suas vidas’
Tranqüilos agora, sentem-se
Mastigando através de seus sonhos Wimpey (5)
Eles comem sem fazer barulho
Digerindo a Inglaterra por libras esterlinas

O jovem diz ' você é o que você come' - coma bem
O velho diz ' você é o que você veste' - vista-se bem
Você sabe o que você é, você não dá a mínima
Arrancando seu cinto que é a sua farsa caseira

O Capitão conduz sua dança
Direto a noite toda (6)
- Junte-se à dança...
Sigam! Até que o Gral (7) e o pôr-do-sol mofem
Sigam! Até que o ouro esteja frio
Dancem lá fora com o cavaleiro enluarado
Cavaleiros dos selos de Escudo Verde (8) e gritem

Há uma velha senhora gorda do lado de fora do salão
Brincando com cartões de crédito
Ela adivinha a Sorte (9)
O maço de cartas está desigual desde o início
Todas as mãos estão jogando à parte

O Capitão conduz sua dança
Direto a noite toda
- Junte-se à dança...
Sigam! Vamos para uma reunião na Távola Redonda
Vocês são o espetáculo!
Lá vamos nós. - Você banca o cavalinho-de-pau (10)
Eu represento o bobo
Atiçaremos o touro
Cercando-o & bradando alto, bradando alto & cercando-o
Sigam! Com um desatarraxar do mundo, lá vamos nós
Sigam! Até que o ouro esteja frio
Dancem lá fora com o cavaleiro enluarado
Cavaleiros do selo de Escudo Verde (8) e gritem

(1) Unifaun = Junção de Unicorn (unicórnio) com Faun (Fauno, na mitologia romana, o Deus dos campos e dos pastores; e origem etimológica da palavra fauna). Foneticamente, unifaun se torna um trocadilho com a palavra Uniform (uniforme, farda). O personagem Unifaun representa a velha Inglaterra histórica.

(2) Queen of Maybe = Alusão para Queen of May (Rainha de Maio), planta típica que na Inglaterra antiga simbolizava o início da boa estação e agouro de uma boa colheita. Hoje em dia, a expressão é usada na Inglaterra exclusivamente para propaganda de produtos. "Queen of Maybe" traduzido significa "Rainha do Talvez" que nesta obra representa a Inglaterra moderna.

(3) Paper late = Jornal da tarde, aludindo que é a versão revisada do jornal da manhã, geralmente contendo notícias mais recentes que não puderam ser publicadas na edição matutina.

(4) "Citizens of Hope & Glory" = Cidadãos de Esperança & Glória. Uma alusão ao hino nacional "Land of Hope and Glory (Terra de Esperança e Glória)". Na obra, representa o próprio povo inglês.

(5) Wimpey = Famosa sociedade elitista inglesa.

(6) The Captain leads his dance = Literalmente “o capitão conduz sua dança”. A palavra dança é usada como uma alusão ao protocolo habitual que, no caso, o capitão e seu pelotão precisam executar.

(7) Grail = Santo Graal. É o cálice no qual Jesus bebeu seu vinho na última ceia e que segundo a lenda foi levado à Inglaterra até a Corte do Rei Arthur. Representa o esplendor desse período.

(8) Green Shield stamps = Selos de Escudo Verde. Era uma promoção de incentivo às vendas, muito popular nos anos 60 até inicio dos anos 70. Os clientes recebiam selos de acordo com o valor de sua compra. Estes selos (com o desenho de um escudo verde) eram colados em um livro, que posteriormente poderiam ser trocados por brindes que geralmente consistiam em objetos do lar (tais como torradeiras, rádios, relógios, abajures, mesinhas de canto, etc).

(9) Laying out the credit cards she plays Fortune = Brincando com cartões de crédito, ela adivinha a sorte. O autor satiriza que os cartomantes de hoje em dia não usam mais as cartas, e sim cartões de crédito para prever o futuro.

(10) Hobbyhorse = Cavalinho de pau e o bobo, são personagens da Morris-dance, dança folclórica inglesa semelhante à quadrilha, apresentada por homens em trajes típicos.