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sábado, 30 de outubro de 2010

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Cést tous que vous savez dire? Ça va, ça va?

Corumbiara e Água Boa - dois momentos: 1985 e 2010






foto: Siridiwe - Monica Martins

O mundo na aldeia. E a aldeia no mundo - Brasilia Confidencial

09/01/2010

Monica Martins



A necessidade de compreender o mundo dos brancos (warazu) para defender o território e a tradição xavante fez com que o grande líder Apowé, da aldeia Wederã (MT), tivesse, há aproximadamente quatro décadas, a ideia estratégica de introduzir jovens de seu povo neste ambiente desconhecido. Para executá-la, contou com o apoio de seu amigo Paulo Barbosa, fazendeiro em Mato Grosso. Barbosa, de Ribeirão Preto (SP), apresentou famílias amigas a Apowé e aos velhos da aldeia, localizada no município de Pimentel Barbosa, que escolheram quais brancos iriam acolher os jovens. Assim, na década de 70, oito adolescentes xavante cumpriram dois ritos de passagem: o da Tradição e o do mundo dos brancos – este com provas de saudade, medo e solidão. Siridiwe, Cipacé e cinco primos foram os desbravadores. Freqüentaram ciclos escolares, cufoto jurandirrsos técnicos, até a faculdade.

Hoje, Siridiwe lidera o Instituto de Tradições Indígenas (Ideti), criado como ONG, em 1999, e transformado, em 2004, em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Como ONG e como OSCIP, o instituto segue uma espécie de constituição resumida em uma frase do ancião Wabuá Xavante:

“Ninguém respeita aquilo que não conhece.

Precisamos mostrar quem somos, a força, a beleza, a riqueza da nossa cultura.

Só assim vão entender e admirar o que temos.”

O Ideti desenvolve projetos destinados a aproximar os povos. De registros multimeios, vídeos, CDs, fotos, a apresentação em espaços urbanos de suas cerimônias. A exibição do filme “Rito de Passagem” no Brasil e exterior – Japão, França, Bélgica, Alemanha e França – contou, de 2000 a 2007, com um público de 91.500 pessoas.

Em seu escritório no bairro da Liberdade, em São Paulo, Jurandir Siridiwe Xavante deu esta entrevista a Brasília Confidencial.

BC – Como as pessoas são escolhidas para o aprendizado fora da aldeia?

Siridiwe- A escolha é feita pela força da família, pelo investimento da comunidade da aldeia, ou também o lado do privilégio que seria o Cacique. O importante é que a comunidade vai dar essa saída para a cidade, para estudar. Então, a pessoa vai ter a preparação antes de entrar no mundo da cidade.

BC – Essa preparação começa…

Siridiwe – Começa com a alfabetização. Lá na aldeia tem alfabetização e curso até a quinta série. Observando os funcionários da Funai falando pelo rádio, o jovem se interessa e começa a aprender sobre aquele ruído que está sendo levado da aldeia para a cidade e da cidade para a aldeia, vai aprender todo tipo de oficio. Ele vai se aproximando para aprender como usa o instrumento e fica responsável pelo rádio de comunicação. Aprende a dirigir os carros da Funai, devagarzinho, e tratores, com o Programa da Lavoura. Então com toda essa assimilação, essa posse, o jovem pode tomar conta das ferramentas. Para mim acho que é o inicio de tudo.

BC – E depois que acaba a quinta série…

Siridiwe – Tem que estudar próximo da aldeia. Alguns vão para a metrópole para aprender, para participar dos acontecimentos do mundo que está mudando. Eu vivi isso. Na minha época, aprendi datilografia.

BC – Do Cerrado para a metrópole é radical mesmo.

Siridiwe – A cidade muda o comportamento. A gente é muito focalizado como assunto de documentário tipo filme. O jovem que está morando na cidade, ele está estudando, vendo a mudança na sala de aula, a fala dos professores, a noticia dentro da TV, ele dentro da cidade, as lojas – ele vai entendendo isso, ele vai estar dentro da metrópole. Essa incorporação ele vai entendendo.

BC – E a incorporação da tecnologia é usada como?

Siridiwe – O que é muito importante para nós, que vivemos na cidade, é que estamos assistindo a mudança e a gente vai estar com nossa consciência limpa. Com a tecnologia, vamos unir o útil ao agradável. É uma coisa que nós vamos tomar conta. Nós mesmos. Então, assim: nós fotografamos na câmera digital, registramos digitalmente o rito, a cerimônia, a fala. Então, a gente vai agora se apropriando, porque antigamente o terceiro fazia o papel do intérprete, o papel de como ele acha que deveria registrar o índio. Então, devagarzinho a gente vai ocupando o espaço dos acadêmicos, entendeu? Unir o útil ao agradável. O computador é uma ferramenta que qualquer cidadão, qualquer pessoa, qualquer ser humano pode utilizar. Usamos o computador, skype, twitter, MSN, GPS celular para denunciar, mapear a localidade, o entorno da sua localidade os problemas que acontecem; ou trazer coisa boa para a localidade. Alguma coisa tá acontecendo lá fora e tem essas ferramentas, é rapidão. A gente tá registrando dia a dia dentro da aldeia e aí essa ferramenta patrimonial é nosso diferencial.

BC – No que mais a cidade mudou o comportamento?

Siridiwe – Quando você fala de inserção, é tudo. É etiqueta, também. Estar bem uniformizado, bem vestido naquele ambiente para ser socialmente aceito. Assim como o uso da tecnologia do registro, ele vai ter que aprender todo esse manuseio para poder estar e registrar. Hoje tem muitos jovens fazendo designer gráfico, website, curso de computação. Isso é bom. E uns estão fazendo vários tipos de estudo: Assistente Social, História, Nutrição, Medicina, assim, anônimos no estudo. Então é claro que vai ter que aprender as ferramentas da tecnologia.

BC – Agora quem não é parente pode ter informações sobre a cultura indígena diretamente com vocês, sem passar pelo terceiro, não é?

Siridiwe – No Ideti a gente recebe muita mensagem e muitos “ok tudo bem, como é que é isso?” através dessa tecnologia da informática. No meio do Cerrado, no meio da floresta, o próprio primo Cipacé, no meio do cerradão lá, tem um computador. Ele tá lá na aldeia. Ele tem e-mail, acessa placa solar, conexão com satélite. Então já temos um meio de comunicação nessa floresta tropical, no Cerrado, na Mata Atlântica. O uso de páginas, site, isso é bom. O povo divulga a sua cultura. Documentário a gente pode fazer porque o material do índio pode ser multiplicado. Esse produto entra na camada do cinema, na camada da TV, esse material único que mostra ritual, acontecimento. Você exibe. Então a gente usa esse índio que sabe filmar, usa essa estratégia para divulgar nosso mundo. O celular muito jovem usa…

BC – Você fala em camadas do filme, camadas da TV, como foi a estória do CD Ritos de Passagem?

Siridiwe – É da Instituição. O Ideti é o proponente. Eu sou um dos diretores e estou na minha gestão. Qual é a minha política? No Brasil não há sempre um abismo? Como utilizo a estratégia para ficar mais próximo? Com a idéia de um projeto. Qual o pensamento do branco na cidade? Então vai ter que sacar a ideia da cidade, vou ter que fazer uma coisa de profissional. Como posso estar no mundo da prateleira? Vou ter que seguir o processo de entendimento para fazer o CD. A gente contrata grandes profissionais para fazer essa empreitada que é da instituição. Um cara que entende o uso de máquina para mostrar para os demais da cidade que é possível estar fazendo um bom trabalho. É claro que ele vai seguir a instituição. Mas precisa dessa aliança. Ele vai fazer serviço para a gente; de independente vai prestar serviço. Ele também faz parte dessa construção, o conceito é dele, mas seu trabalho fica como patrimônio da nossa comunidade. A gente trabalha no padrão de mundo do empreendedor

BC – Então aquele documentário que vocês fizeram para a BBC em julho de 2009, eles chegaram com tudo feito?

Siridiwe – Tudo feito, programado né, organizado. Quando a gente viu lá o roteiro, a gente mudou tudo. Eles tiveram que aceitar . Acho que é bom todo o povo que for visitado ter uma postura, que a divulgação da sua cultura possa ser bem boa. Com correção. Você não pode ser pano de fundo e o cara falar o que ele quiser. Se for assim, então a cultura dele também vai ser mal divulgada.

BC - Vocês ficaram acompanhando a equipe de filmagem o tempo inteiro, na cola ali dos caras?

Siridiwe – Na cola. Acho que isso é conscientização também. Com a gente não tem problema. O cara que for lá na aldeia, ele sabe que a gente tem experiência. Pela qualidade, tem a compreensão. É o mundo dos negócios. A gente tem que ter essa postura. Eles tão vindo com o mundo de negócio. A gente não pode abaixar a cabeça. Eles tão querendo alguma coisa, então você faz uma condição. E foi assim a política indigenista. Acho que, entre quatro paredes, Brasília fazia. Os 45 povos que a gente não tem contato, aquele povo isolado, eles tão vendendo pros canais, maracutaia

BC – Eles estão vendendo as reportagens para os canais internacionais?

Siridiwe – Com certeza.

BC – Aí vocês não podem ir lá …

Siridiwe – Aí é Amazônia lá, né. Mas na minha aldeia no cerrado, onde eu moro, com meu povo é melhor ter essa chance, né. Vai depender de cada caso. Estão estudando, aprendendo a inserção

BC – Assim como você foi um dos escolhidos, você escolhe também quem vai estudar o que?

Siridiwe – Não. O próprio jovem vai perceber o que gosta para estudar. No caso da gente que está dentro de uma instituição, a gente é só empreendedor. O registro do CD teve a finalidade de mostrar que existe diversidade. A maioria pensa que a gente fala a mesma língua. A gente quer quebrar paradigmas sobre o que o povo chama de índio. A nossa diretoria é composta por várias etnias e cada uma delas tem seu tempo de gestão. Estou na minha agora. A formação que o Brasil adotou tá tudo errado. Pela inserção, essa apropriação do útil e o agradável, a gente quer falar a nossa critica. A gente quer a construção do positivo. Por isso jovens das aldeias estudam História, Antropologia, Educação, Política – para a reformulação da cultura brasileira. A questão do índio surgiu por causa do movimento, por causa da nossa presença, como a gente entende. A gente entrou na questão do índio via burocrática, a gente foi convidado. Assessoramos, orientamos na política da questão indígena. Tem que ter essa conscientização: proteger, divulgar a nossa cultura. Não queremos que o terceiro que fez PHD vá falar por nós. Peraí. A gente faz também. Fica aí quietinho, vai ver sua cultura aí. Estuda a favela aí, deixa que a gente fala com o governo.

BC – O governo tem aceito?

Siridiwe – Ele tem que aceitar, porque é uma conquista da independência, autonomia. Inserção para mim é de 88 para cá com a Constituição. Antigamente o Estado, a autarquia, a Fjunai falava por nós. Hoje não; a presença da organização indígena é legitima, criada com uma finalidade. No caso do Ideti é cultura, meio ambiente, esporte, lazer e educação. O que o governo faz nos seus ministérios a gente cobra. A gente senta com o poder.

BC – Estou fantasiando aqui: você seria um ser místico, porque vive em dois mundos? Tem o Siridiwe aqui comigo conversando…

Siridiwe – Acho ótimo. É impressionante. Tô lá dançando pintado, no rio, à noite, olhando o céu estrelado, ouvindo a chuva… Isso é para quem pode sacar. A pessoa também tem que falar, é gostoso porque é seu mundo. A essência, o imã é lá. Você tem que sair porque a sua função é essa. Esse é que é o barato. Agora tô aqui na metrópole. Agora tô voltando. Volta e troca, sai e troca. Esse que é o bacana. Sou privilegiado, tenho que cumprir minha missão: o entendimento do por que estou nesse mundo, sem esquentar a cabeça, sem ficar com o cabelo branco; se enche o rio Tietê, se desmorona uma montanha, o aquecimento global, a violência. Em Copenhage, com certeza, os Povos Tradicionais não foram convidados. Então, cada um por si. Estou aqui assistindo a TV, filtrando a notícia. Quando chego lá, explico o que tem de bom, explico o que é polemico, pego os velhos, os novos, o estudante também, para entender o desafio.

BC – Aí é um momento especial na aldeia. Todo mundo é chamado na Casa dos Homens?

Siridiwe – Na Casa dos Homens. Aí tem uma conversa.

BC – Quem deu suporte no país para vocês aprenderem? Vocês foram pedir?

Siridiwe – Encontramos pessoas legais. Tem também o cara que só pensa nele, que pega carona para se promover. Tem esse risco. O índio no registro, no fotografar parece japonês, impressionante. Aí o uso da câmera não para. Mas esse organizacional nós não temos. Então vai haver esse encontro de pessoa que é entendido de como é o uso daquele vídeo, da formatação, do corte que vai ser usado. Ele pode ensinar como que vai ter corte de imagem no roteiro. Vai ensinar o macete da edição, de locução. O índio fazendo registro direto da aldeia, ele é o cara que toma cuidado com a imagem para divulgar a imagem boa ou fazer qualquer denúncia. Assim como o uso de celular ele vai ter que aprender. E quem pode aprender é o cara que estudou na cidade que está lá acompanhando a mudança da cidade, né, fazendo todos os processos para ele aprender. Então assim, é claro que para estudar ele vai ter que passar o processo: alfabetização, 1ª serie, 2ª serie… e faculdade. Todo esse tempo dentro da cidade vai acompanhar o que está acontecendo. É claro que vai usar o computador, claro que vai usar celular, câmera, editar, traduzir, ser ponte de comunicação desta estrutura; como ele está na cidade ele vai ter multiplicar a noticia ruim, boa, sob seu ponto de vista e ou traduzir sobre o seu povo, como nas vídeos-conferência com outros países, tipo França. Inserção do mundo indígena não quer dizer que ele esta deixando de ser índio. As pessoas chamam a gente de aculturado. Tem alguns que falam, né. Então assim: se olhar positivo, se olhar construtivo, a gente também, além de ser tradicional, pode estar participando dessa inclusão e de uso de tecnologia. A qualidade da imagem enviada, isso é bom para aldeia. Essa é a minha teoria útil e agradável.

SOPA


Vou acabar meus dias tomando sopa. A tensão é tanta que quebrei MAIS um dente esta noite!

Luis Nassif - twitcam último debate

Acompanhei o debate acompanhando Luis Nassif ao vivo.








link: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/twitcamyoutube-o-ultimo-debate

Dilma: a importância de uma mulher na Presidência

Leonardo Boff - (do Vermelho.org)
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Há duas formas principais de estarmos presentes no mundo: pelo trabalho e pelo cuidado. Como somos seres sem nenhum órgão especializado, à diferença dos animais, temos que trabalhar para sobreviver. Vale dizer, precisamos tirar da natureza tudo o que precisamos. Nessa diligência usamos a razão prática, a criatividade e a tecnologia. Aqui, precisamos ser objetivos e efetivos; caso contrário, sucumbimos às necessidades. Na história humana, pelo menos no Ocidente, instaurou-se a ditadura do trabalho. Este, mais do que obra, foi transformado num meio de produção, vendido na forma de salário, implicando concorrência e devastação atroz da natureza e perversa injustiça social. Representantes principais, mas não exclusivos, do modo de ser do trabalho são os homens.

A segunda forma é o cuidado. Ele tem como centralidade a vida e as relações interpessoais e sociais. Todos somos filhos e filhas do cuidado, porque se nossas mães não tivessem tido infinito cuidado quando nascemos, algumas horas depois teríamos morrido e não estaríamos aqui para escrever sobre estas coisas. O cuidado tem a ver mais com sujeitos que interagem entre si do que com objetos a serem gestionados. O cuidado é um gesto amoroso para com a realidade.

O cuidado não se opõe ao trabalho. Dá-lhe uma característica própria que é ser feito de tal forma que respeita as coisas e permite que se refaçam. Cuidar significa estar junto das coisas protegendo-as e não sobre elas, dominando-as. Elas nunca são meros meios. Representam valores e símbolos que nos evocam sentimentos de beleza, complexidade e força. Obviamente, ocorrem resistências e perplexidades. Mas elas são superadas pela paciência perseverante. A mulher, no lugar da agressividade, tende a colocar a convivência amorosa. Em vez da dominação, a companhia afetuosa. A cooperação substitui a concorrência. Portadoras privilegiadas, mas não exclusivas, do cuidado são as mulheres.

Desde a mais remota antiguidade, assistimos a um drama de consequências funestas: a ruptura entre o trabalho e o cuidado. Desde o neolítico se impôs o trabalho como busca frenética de eficácia e de riqueza. Esse modo de ser submete a mulher, mata o cuidado, liquida a ternura e tensiona as relações humanas. É o império do androcentrismo, do predomínio do homem sobre a natureza e a mulher. Chegamos, agora, a um impasse fundamental: ou impomos limites à voracidade produtivista e resgatamos o cuidado ou a Terra não aguentará mais.

Sentimos a urgência de feminilizar as relações; quer dizer, reintroduzir em todos os âmbitos o cuidado especialmente com referência às pessoas mais massacradas (dois terços da humanidade), à natureza devastada e ao mundo da política. A porta de entrada ao universo do cuidado é a razão cordial e sensível que nos permite sentir as feridas da natureza e das pessoas, deixar-se envolver e se mobilizar para a humanização das relações entre todos, sem descurar da colaboração fundamental da razão intrumental-analítica que nos permite sermos eficazes.

É aqui que vejo a importância de podermos ter providencialmente à frente do governo do Brasil uma mulher como Dilma Rousseff. Ela poderá unir as duas dimensões do trabalho que busca racionalidade e eficácia (a dimensão masculina) e do cuidado que acolhe o mais pobre e sofrido e projeta políticas de inclusão e de recuperação da dignidade (dimensão feminina). Ela possui o caráter de uma grande e eficiente gestora (seu lado de trabalho/masculino) e ao mesmo tempo a capacidade de levar avante com enternecimento e compaixão o projeto de Lula de cuidar dos pobres e dos oprimidos (seu lado de cuidado/feminino). Ela pode realizar o ideal de Gandhi: "política é um gesto amoroso para com o povo".

Neste momento dramático da história do Brasil e do mundo é importante que uma mulher exerça o poder como cuidado e serviço. Ela, Dilma, imbuída desta consciência, poderá impor limites ao trabalho devastador e poderá fazer com que o desenvolvimento ansiado se faça com a natureza e não contra ela, com sentido de justiça social, de solidariedade a partir de baixo e de uma fraternidade aberta que inclui todos os povos e a inteira a comunidade de vida.

Leonardo Boff é Teólogo, filósofo e escritor

Fonte: Adital

Resultado enquete Carta Capital

Enquete

Chegamos na reta final da campanha para presidente. O que você achou dela?

* Temas importantes não foram discutidos, o nível foi muito baixo (70%, 2.551 Votos)

* Apesar dos assuntos irrelevantes dominarem a pauta, as questões centrais também foram discutidas (27%, 973 Votos)

* Foi bastante esclarecedora e aprofundou a discussão sobre os temas mais importantes (3%, 123 Votos)

Total de Votos: 3.639

Carta Capital

Dilma: “Quem cuida dos pobres em São Paulo é o Governo Lula”


(...) Em um dos raros momentos com alguma eletricidade no debate, a petista reparou que é o governo federal “quem cuida dos pobres de São Paulo”, atendendo 1,1 milhão das 1,4 milhão de famílias carentes do estado governado pelo PSDB. A intervenção aconteceu pouco depois de Serra elencar uma série de políticas sociais de seu programa.(...)

Ayrton Centeno sobre último debate entre os candidatos.

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